Inspetores da Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (Adapec), estiveram na manhã desta terça-feira, 29, em uma fazenda no município de Aparecida do Rio Negro para atender uma denuncia anônima recebida pelo órgão sobre destinação incorreta de embalagens vazias de agrotóxicos por parte do proprietário. A denuncia foi confirmada, e o dono da fazenda foi autuado em R$ 2.128,20 reais.

IMG-20170829-WA0049

Segundo o supervisor da área vegetal da regional da Adapec de Palmas, Diniz Didier Dias, o proprietário foi autuado porque deu destinação indevida às embalagens deixando-as jogadas a céu aberto ou armazenadas de forma irregular. “Além disso, constatamos que algumas embalagens chegaram a ser incineradas”, relatou Diniz, acrescentando que o proprietário foi orientado a devolver as embalagens em posto de recebimento indicado na nota fiscal do produto.

Monitoramento de plantas vivas no período de vazio sanitário

A equipe também retornou a outra propriedade para fiscalizar se o produtor havia atendido a orientação da Adapec para destruir de forma mecânica plantas vivas de soja (tiguera) descoberta em monitoramento realizado pela Agência no último dia 16 de agosto.

Na época o produtor foi autuado em R$ 2.700,00 reais e foi orientado a destruir as plantas conforme prevê a legislação. “Retornamos hoje à propriedade para averiguar o cumprimento da legislação e constatamos que o produtor realizou de forma mecânica (gradeada) o controle das plantas vivas que estavam no campo”, disse o inspetor de defesa sanitária, Valdiney Ferreira Alves que acompanhou a ação.

O presidente da Adapec, Humberto Camelo ressaltou que embora a maioria dos produtores rurais do Tocantins sejam conscientes em relação ao descarte correto das embalagens vazias de agrotóxicos e respeitam as normas previstas em leis para o período de vazio sanitário é preciso manter as fiscalizações para que o estado continue produzindo grãos de alta qualidade.

 

O período de vazio sanitário compreende de 1º de julho a 30 de setembro de cada ano. Durante este tempo, o produtor fica proibido de ter plantas vivas de soja. A medida visa conter o aparecimento da ferrugem asiática da soja. “O vazio sanitário bem feito minimiza a possibilidade do aparecimento precoce da doença na safra seguinte, diminuindo o custo da produção ao produtor, aumentando a produtividade da lavoura e consequentemente, os riscos ao meio ambiente”, explicou o gerente de sanidade vegetal, Marley Camilo.