Parlamentar pevista cobrou a retomada imediata do REED+ – Programa Jurisdicional de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação pelo Tocantins
A deputada estadual Claudia Lelis (PV) participa neste sábado, 06, de diversas reuniões bilaterais, juntamente com a comitiva tocantinense, que está na 26ª Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP26), em Glasgow, na Escócia, em busca de apoio e investimentos na área ambiental do Estado.
Juntamente com a secretária Miyuki Hyashida a parlamentar se reuniu com lideranças do Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) para discutir estratégias de captação de recursos para Estado no desenvolvimento da implementação das ações de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação florestal (REDD+).
A parlamentar foi categórica em declarar que o Tocantins precisa retomar com urgência o REED+ – Programa Jurisdicional de Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação – e afirmou que fará uma cobrança firme sobre este tema ao Governo do Estado.
Outro tema que está em discussão na COP 26 pela delegação tocantinense, é a comercialização de créditos de carbono – que são mecanismos que colaboram para reduzir as emissões de gases globais – e podem ser adquiridos por países desenvolvidos e poluentes para compensar uma meta de redução não atingida.
O mercado de carbono, um estímulo financeiro para os países diminuírem suas emissões de CO2, já existe em vários países no âmbito nacional, e o Tocantins tem presa e precisa entrar nesse mercado imediatamente, declarou a deputada Claudia Lelis.
Claudia também destacou que o Tocantins tem capacidade e potencial para comercializar no mercado internacional cerca de 260 milhões de toneladas CO2, o que poderia gerar mais de 2.6 bilhões de dólares com a comercialização dos créditos.
“ Isso já é realidade em outros estados brasileiros, exemplo do Acre e Mato Grosso, e o Tocantins tem agora uma oportunidade real nesta COP 26 de vender esses ativos ambientais. Inclusive já temos autorização do Ministério do Meio Ambiente para comercializar 56 milhões de toneladas de carbono, são ativos de reserva de carbono que o Tocantins tem desde 2005 até 2015. Como deputada do partido verde e presidente da comissão de meio ambiente, estou muito otimista que iremos conseguir fechar essa negociação. Como parlamentar estou à disposição para ajudar em todos os processos”, declarou a parlamentar.
Defesa para neutralidade climática até 2050
Claudia Lelis também participara de painéis de discussão climática e já declarou que defenderá maior fiscalização e políticas públicas que contribuem para o um modelo de desenvolvimento econômico mais sustentável e de baixas emissões no Tocantins.
“A COP 26 é a oportunidade que temos para discutir e revisar as tratativas firmadas no Acordo de Paris em 2015. Sem dúvida nenhuma um dos maiores desafios da humanidade hoje é assumir compromissos mais ousados para a redução das emissões de gases de efeito estufa e garantir que a temperatura na terra não ultrapasse 1,5 graus de aquecimento até 2050.
Chegou a hora de agir, e a COP 26 está deixando isso muito claro para todos nós. Não adianta mais estabelecemos metas ambiciosas, propormos planos que não são executados pelos governos mundo afora, e seguir fazendo o mínimo possível”, ressaltou Lelis.