Foto – Divulgaç
O 1º Festival da Mangaba vai reunir nesta quinta-feira, 16 de dezembro, agricultores familiares e extrativistas de nove municípios do Tocantins em uma grande troca de conhecimentos, experiências e sabores na Chácara Bionatura, localizada no Assentamento Piracema, em Marianópolis do Tocantins (TO).
O primeiro evento de bioeconomia do cerrado realizado no Tocantins é organizado pela Associação das Mulheres Agroextrativistas da APA-Cantão (AMA-Cantão), um dos empreendimentos da sociobiodiversidade brasileira mapeados pelo projeto ArticulaFito – Cadeias de Valor em Plantas Medicinais, iniciativa conjunta do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), que resultou no maior mapeamento do potencial produtivo de plantas medicinais, aromáticas, condimentares e alimentícias já realizado no Brasil.
O 1º Festival da Mangaba tem o apoio da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Aquicultura do Estado (Seagro), da Ruraltins, das prefeituras de Marianópolis, Caseara, Divinópolis e da empresa Agrojem.
Além de doces e geleias da fruta típica da região, quem visitar o 1º Festival da Mangaba também encontrará óleos de macaúba, jatobá, pequi e buriti, utilizados na gastronomia local, e poderá assistir a palestras sobre bioeconomia e sociobiodiversidade. Às 11h, a engenheira agrônoma da Seagro Francisca Marta Barbosa, que é articuladora regional do ArticulaFito, e a extrativista Mirian Costa, da cadeia de valor da semente de sucupira, ministram a palestra “Bioeconomia e Plantas medicinais”.
Às 14h, Raquel Pinheiro, do Fórum Estadual ECOSOL, aborda a economia solidária e, às 15h, a engenheira de alimentos Verônica França traz a agroindústria para o debate. “Queremos mostrar nossos produtos para pessoas do campo e das cidades e trazer a conscientização sobre a riqueza da biodiversidade do cerrado e a importância da conservação ambiental”, convida a presidente da AMA-Cantão, Maria Ângela de Oliveira, extrativista que está na base produtiva da cadeia de valor do óleo de macaúba, mapeada pelo ArticulaFito no Tocantins.
Bioeconomia e sociobiodiversidade
“Bioeconomia e sociobiodiversidade são os pilares de uma agenda voltada ao fortalecimento da base produtiva de plantas medicinais, que visa à inclusão produtiva e ao desenvolvimento regional com geração de renda, conservação ambiental, preservação de saberes tradicionais e equidade de gênero. A organização de comunidades tradicionais, como as de mulheres extrativistas, é fundamental para fomentar esse processo”, avalia a coordenadora técnica e executiva do ArticulaFito, Joseane Costa.
“Vamos conversar sobre como os conceitos de bioeconomia e sociobiodiversidade se relacionam na prática, a partir da experiência das mulheres da AMA-Cantão, que nos mostram que é possível acessar toda a riqueza da natureza e, ao mesmo tempo, preservá-la. Que podemos integrar os saberes tradicionais às boas práticas de cultivo e manejo. Que o desenvolvimento sustentável é possível”, adianta Daniella Vasconcelos, do ArticulaFito, que participará da mesa de abertura do evento e das rodas de conversa que ocorrerão ao longo do dia.
Francisca Marta destaca que as cidades da APA Cantão sofreram o impacto econômico da pandemia de Covid-19 e o 1º Festival da Mangaba, após a vacinação da maioria da população, marca o retorno das atividades de comercialização dos produtos do cerrado na região – com toda a segurança que o momento exige. “É muito importante que essas mulheres voltem a se organizar, que se estruturem, acessem capacitações e políticas públicas voltadas à inclusão produtiva. Tudo está sendo organizado com muito cuidado, seguindo todos os protocolos sanitários”, conclui.
SERVIÇO
1º Festival da Mangaba
16 de dezembro, a partir das 9h
Chácara Bionatura
Assentamento Piracema -Marianópolis do Tocantins (TO) – APA-Cantão.
Fonte Assessoria