A cheia do rio Tocantins, que inunda cidades no extremo-norte do Estado e também no Pará e no Maranhão, continua a causar prejuízos estragos. Nessa terça-feira, 4,  Rede Globo mostrou o lavrador Raimundo Rodrigues precisou usar um barco como ‘caminhão de mudanças’ para salvar o pouco que restou. É que pontes desabaram na estrada vicinal que dá acesso ao local onde ele mora, na zona rural de Praia Norte. A única forma de sair, foi pela água.

“Esses outros dias ele [o rio Tocantins] baixa fora e torna subir né. A gente vai trazendo assim o mais necessário né”, disse. O nível da água está 10 metros acima do normal.

A situação é crítica no município de São Miguel do Tocantins, na divisa com o Maranhão. O rio invadiu a cidade no domingo, 2, e continua avançando. “Sair da minha casa, abandonar minha casa, minhas coisas, não me sinto bem nenhum pouquinho com isso daqui”, diz a moradora chorando.

As enchentes já afetaram 900 pessoas no estado e a maioria é da região conhecida como Bico do Papagaio. “Enche muito, muito. Cada vez que a gente vai lá na casa lá enche mais, e é rápido que tá enchendo”, conta a lavradora Francisca de Souza Almeida, que também precisou sair de casa.

O rio Tocantins passa por quatro estados e segundo a Defesa Civil, toda essa água que está atingindo agora municípios dos três estados é reflexo das chuvas nas ultimas semanas na região sul do Tocantins, e em Goiás, onde o rio nasce.

“A região do bico do papagaio é um região mais baixa né, uma depressão que qualquer cheia do rio ela vai atingir mais essa área e consequentemente a população ribeirinha que mora aqui”, diz o diretor executivo da Defesa Civil, Alex Matos Fernandes.