O secretário de Agricultura, Pecuária e Aquicultura (Seagro), Jaime Café, visitou na última sexta-feira, 07, o presidente da Associação dos Produtores de Camarão do Ceará (APCC), Luiz Paulo Sampaio, na sede da associação em Natal (CE), para conhecer o desenvolvimento de projeto específico da aquicultura, a carcinicultura, e possíveis parcerias para implantação de projeto piloto do Tocantins. A carcinicultura é um ramo específico da aquicultura voltado para a criação de camarão em cativeiro, tanto na forma de cultivo marinho ou de água doce. É uma atividade em expansão no Brasil, sendo uma das formas de negócio mais lucrativas que existem, uma vez que o consumo do camarão cresce cada dia mais.
Na oportunidade, Jaime Café, apresentou as potencialidades da aquicultura tocantinense, as políticas de incentivos fiscais, além de debater sobre as ações necessárias para criar um ambiente de negócios estimulador para a implantação da carcinicultura no Estado. “Temos no município de Babaçulândia uma área propícia, com água salobra, para a implantação de projeto piloto. Temos a oportunidade de incentivar o consumo e contribuir com a geração de emprego e renda”, disse ele acrescentando que em breve representantes da APCC estarão visitando o Tocantins.
Em seguida, acompanhado pelos percussores na implantação do projeto, os professores do Instituto Federal do Ceará (IFCE) Sergio Almeida e Itálo Rocha, o secretário conheceu in loco a criação de camarões nas fazendas Primus Carcinicultura e Aquinova, localizadas no município de Morada Nova (CE), associados à APCC.
Primeiro no ranking
O Ceará é o primeiro no ranking de volume e valor das exportações de camarão por Estado, segundo dados da Associação Brasileira de Criadores de Camarão (ABCC). Somente de janeiro a julho de 2021, foram produzidas 4.732 toneladas, com renda de US$ 42,46 milhões e crescimento de 61% desse valor em relação ao mesmo período de 2020.
Atualmente, o Ceará conta com 53 municípios divididos em cinco macrorregiões com produção de camarão em água doce e salgada contando com aproximadamente 1.300 produtores ligados à Associação dos Produtores de Camarão do Ceará (APCC). O potencial de mercado e qualidade dos cultivos possibilitam a vasta comercialização do produto no mercado local, demais Estados do Brasil e exterior.