Para aliviar o Sistema Único de Saúde (SUS), que voltou a ser pressionado pela alta de casos de Covid-19 em função da variante Ômicron, o governo federal autorizou, nesta quinta-feira (27), a manutenção de mais de 14 mil leitos de UTI para os estados brasileiros e o Distrito Federal.

A portaria, que terá validade até 28 de fevereiro, foi assinada pelo ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, durante a reunião que contou com representantes das secretarias de Saúde de estados e municípios. O encontro teve como intuito avaliar o cenário da pandemia.

Além da manutenção dos 14 mil leitos, que seriam desmobilizados no início da próxima semana, o Ministério da Saúde prometeu a reabertura de 6,5 mil novas vagas de UTI para primeiro de março. A medida busca evitar ainda mais a pressão dos hospitais públicos pela variante Ômicron.

“Nós temos o compromisso de dar o apoio da melhor forma possível para todos os estados e municípios para que a gente possa levar um SUS cada vez melhor para a população. O ministro [Queiroga] está sempre perguntando sobre os leitos, ele tem uma preocupação muito grande de faltar leito para a população”, disse Adriana Teixeira Melo, diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), órgão ligado ao Ministério da Saúde.

A manutenção dos leitos de Covid-19 para os estados brasileiros foi considerada pelo governo federal a partir de um pedido formal realizado, no último domingo (23), pelo Fórum Nacional de Governadores. As tratativas foram encabeçadas pelo governador do Piauí e presidente do Fórum de Governadores, Wellington Dias. Pelo lado do governo federal, quem está à frente das conversas são o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira e o secretário-executivo do Ministério da Saúde, Rodrigo Cruz.

“Vacinação é fundamental para resolver a pandemia”, disse Queiroga

Durante o encontro, Marcelo Queiroga reforçou a necessidade da vacinação contra a Covid-19 para colocar fim à pandemia. Ele destacou também a importância da dose de reforço para a manutenção da imunidade contra o vírus.

“Precisamos continuar apoiando a campanha de vacinação. Nós devemos nos empenhar para aumentar a cobertura vacinal da segunda dose e da dose de reforço porque será fundamental para resolver a questão da pandemia”, ressaltou o ministro da Saúde.

Queiroga também disse acompanhar o cenário epidemiológico na Europa para entender o comportamento da variante Ômicron.

“Com o perfil de vacinação que o Brasil tem, acredito que o impacto da Ômicron no Brasil seja parecido com o que aconteceu no Reino Unido, em Portugal e na Espanha, onde os casos explodiram, mas não houve incremento forte de óbitos. Isso que queremos no Brasil, que os óbitos não subam. É para isso que torcemos”, afirmou.

 

Fonte: CNN