O presidente do Fundo Estadual de Combate e Erradicação da Pobreza (FECOEP-TO), Júlio Edstron Secundino, decidiu suspender nesta sexta-feira (4) os repasses para o financiamento do programa ‘TO Mais Jovem’. A decisão foi após uma reportagem sobre suspeitas de irregularidades na contratação da empresa que está realizando o recrutamento, a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem).
Secundino, que também é secretário da Fazenda do Tocantins, determina a suspensão, ele afirma que a medida se manterá “até que os fatos sejam esclarecidos e se restabeleça a integridade do Processo”.
A reportagem em questão foi publicada no Jornal do Tocantins nesta sexta.O texto afirma que o processo de contratação foi iniciado e concluído em apenas oito dias e que a a Fundação Luís Eduardo Magalhães (Flem) foi contratada sem licitação. Ainda segundo a reportagem, a Controladoria Geral do Estado (CGE) foi contra a contração. O valor total do investimento no ‘TO Mais Jovem’ é de pouco mais de R$ 107 milhões.
O projeto é do Governo do Estado e é voltado para a inserção de jovens entre 16 e 21 anos no mercado de trabalho. Ele foi lançado um dia antes do afastamento de Mauro Carlesse (PSL) do governo pelo Superior Tribunal de Justiça. O projeto continuou em andamento enquanto Wanderlei Barbosa (Sem partido) assumiu a frente do governo.
Quando anunciou a medida, em outubro de 2021, o Palácio Araguaia informou que planejava atender até seis mil participantes e que uma das condições era que os selecionados estudem em escolas públicas ou que sejam bolsistas. A ideia era que eles desempenhassem atividades nos órgãos da administração direta e indireta do governo.
A suspensão será analisada durante a próxima reunião do Conselho Administrativo do FECOEP-TO, que está marcada para o dia 14 de fevereiro.