Equipe Gazeta do Cerrado
Neste sábado, 9, foi realizado o protesto em na Praça dos Girassóis, em Palmas, para cobrar justiça pelo assassinato de Moïse Kabagambe e homenagear o congolês, de 24 anos, que foi espancado até a morte no último dia 24, no Rio de Janeiro.
Os atos contra o racismo e a xenofobia se deram de forma pacífica e reuniu africanos e negros que lutam pela causa.
Em pelo menos onze capitais do país também houveram manifestações.
No Tocantins, o ato é encabeçado pela Associação dos Amigos da África do Tocantins (AAFA), formado por africanos que estudam e moram na capital.
Caso Moïse
O congolês foi espancado até a morte depois de cobrar R$ 200 por duas diárias de trabalho não pagas no quiosque Tropicália, na orla da Barra, na Zona Oeste, segundo a deputada Dani Monteiro (Psol), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj).
As agressões duraram pelo menos 15 minutos e foram gravadas pelas câmeras de segurança do quiosque, como mostrou o vídeo acima.
Moïse apanhou de mais de um agressor que, segundo testemunhas, usaram pedaços de madeira e um taco de beisebol. Ele foi encontrado em uma escada, amarrado e já sem vida.
O jovem trabalhava por comissões nos quiosques do local – no Tropicália e no Biruta, que a prefeitura do Rio anunciou que vão virar um memorial à cultura africana e serão administrados pela família do congolês.
Moïse veio para o Brasil em 2014 com a mãe e os irmãos, como refugiado político, para fugir da guerra e da fome. Ele trabalhava por diárias em um quiosque perto do Posto 8, na Barra da Tijuca.
Laudo do Instituto Médico Legal (IML) indica que a causa da morte foi traumatismo do tórax, com contusão pulmonar, causada por ação contundente.