Equipe Gazeta do Cerrado

A chacina em Miracema nesse último final de semana chocou todo o Tocantins. Foram sete mortes: primeiro o 2º sargento da Polícia Militar, Anamon Rodrigues de Sousa, na sexta-feira, 4, que foi morto durante confronto com criminosos, sendo o principal suspeito, Valbiano Marinho, que também foi morto. Logo após, durante depoimento, na madrugada do sábado, 5, o pai, Manoel Soares da Silva, e o irmão de Valbiano, Edson Marinho da Silva, foram assassinados dentro da delegacia por 15 homens encapuzados. E inda na manhã do sábado, três jovens foram encontrados mortos na cidade.

A Polícia Civil do Tocantins informou que já deu início às investigações relacionadas aos fatos ocorridos no sábado, na 10ª Central de Atendimento da Polícia Civil de Miracema, região central do Estado. A Polícia Civil esclarece que o caso receberá total atenção por parte da instituição.

Após o crime, a delegacia de Miracema está com reforço no policiamento. Foi pelo portão da frente que os 15 homens fortemente armados e encapuzados, renderam um agente e uma escrivã e mataram Edson e Manoel enquanto eles aguardavam procedimentos após prestar depoimentos. Uma força-tarefa foi montada para apurar o caso.

Segundo o delegado-geral da Polícia Civil, Claudemir Ferreira, não há indícios do envolvimento de Manoel e Edson na morte do PM. “No primeiro momento não foi identificada nenhuma relação de prática criminosa por essas pessoas em períodos anteriores”, disse.

O delegado afirmou que uma força-tarefa vai “empenhar todos os esforços possíveis para poder desvendar esses episódios ocorridos em Miracema”.

Laudos

Ainda de acordo com os laudos preliminares, Anamon levou um tiro de uma arma calibre 22. A bala entrou pelo tórax e subiu rumo ao pescoço rompendo diversas artérias. Ele morreu após sofrer um choque hipovolêmico, que ocorre quando há grande perda de sangue e o coração deixa de conseguir bombear sangue para o resto do corpo.