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Lucas Eurilio

As aulas voltaram 100% presenciais em várias cidades tocantinenses e também pelo país. As atividades presenciais nas escolas municipais de várias regiões do TO já tiveram início, mas os problemas começaram a surgir.

Nesta quarta-feira, 16, Ronaldo Gomes Barboza, morador da zona rural de Ponte Alta do Tocantins, sudeste do estado, encaminhou um vídeo à Gazeta do Cerrado e autorizou a publicação, falando sobre a situação do filho, Augusto César Gomes Pinheiro, de apenas 6 anos. (Veja no final da reportagem). 

Segundo ele, Augusto César não está indo para a escola, devido a falta de transporte público escolar. A criança está matriculada no Centro Educacional Municipal Sabino Fereira Medeiro.

“Tem essa criança e mais outras três que moram a 7 km da cidade. Na gestão passada eles iam buscar outros alunos numa fazenda depois de onde moramos. Porque agora não pode mais?”, questionou.

Ronaldo disse ainda que quando busca informações com a Secretaria de Educação da cidade, a resposta é de que o Estado é o responsável pelo transporte.

“Está sem ir na escola por falta de transporte. Na Secretaria eles falaram que a responsabilidade é do Estado”, disse à Gazeta.

No vídeo enviado para a nossa equipe, Augusto César está na porta de casa aguardando o ônibus que não vai chegar.

“Uma vergonha aí, oh. Esse aqui é meu menino é meu menino esperando para ir para a escola e desde segunda-feira, aguardando uma resposta da secretária Jemima. Disse que ia dar uma solução e nunca deu”.

Já a secretária Jemima Barreira respondeu dizendo que enviou uma notificação para a diretora da Escola Estadual Odolfo Soares, para que seja verificado com a empresa o porquê dos alunos não serem buscados.

Conforme Jemima, a rota em que Augusto César e outros três alunos moram é de responsabilidade da Seduc, através de um termo de compromisso que foi assinado com o Município e o Governo do Estado.

“Já entrei em contato com a diretora do Soares, porque eles – os estudantes –  são do Estado. A rota daí é do Estado, não é do Município. Existe uma cooperação técnica, um termo de colaboração entre Estado e Município em que todos os alunos, tanto municipais e estaduais são buscados independente de onde estejam. Eu passei pra Kátia e ela está passando pro dono da empresa. Então assim, não posso te garantir que vai buscar amanhã, mas tenho certeza que a Kátia está notificando. Eu avisei não só sobre o seu filho, mas de outras três crianças que precisam de transporte” afirmou a Ronaldo.

A Gazeta do Cerrado entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação (Seduc) buscando esclarecimentos sobre a falta de transporte público na zona rural e Ponte Alta do Tocantins e aguardamos uma resposta da pasta.

Assista o vídeo