Duas candidatas, que foram impedidas de realizar a prova da Petrobras em Palmas por não apresentarem comprovante de vacinação contra Covid-19, publicaram um vídeo reivindicando as ações contra a pandemia do vírus. O fato foi registrado na escola municipal Almirante Tamandaré, neste domingo, na região sul da cidade. Uma das candidatas é a analista Amanda Keury da Silva Santos, que saiu de Luiz Eduardo Magalhães (BA) para fazer a avaliação na capital do Tocantins.
“Eu me inscrevi no concurso, me desloquei 500 km para realizar prova, gastei com viagem, estadia e alimentação. No primeiro edital lançado não constava nada sobre cartão de vacinação e por isso realizei o pagamento da inscrição em janeiro. No local da prova fui informada que só poderia fazer a prova quem tivesse a carteira de vacinação”, contou.
A exigência do comprovante de vacina contra Covid-19 foi estabelecida em um edital complementar publicado no dia 11 de fevereiro, após o fim do prazo para pagamento da taxa de inscrição, para os candidatos que fossem fazer a prova em Palmas.
“Eu creio que foi um erro não terem divulgado essa exigência antes do período de pagamento da inscrição. Pelo que eu vi o edital que exige foi publicado em fevereiro, sendo que o pagamento foi finalizado em janeiro […] Não me vacinei, foi uma opção minha. Acredito eu que é um direito meu não me vacinar”, afirmou.
No entanto, o edital lançado em dezembro de 2021, já avisava sobre as atualizações de combate a pandemia da Covid-19:
A segunda candidata barrada foi a analista de sistemas Natália Abdala Rosa. Ela vive em Palmas desde 2019 e relatou que as duas foram obrigadas a deixar o local de prova.
“Pedi um documento assinado explicando o motivo de não poder fazer a prova. Me mandaram para a sala da coordenação, o pessoal não quis assinar nenhum documento […] Eu tentei ligar para polícia, mas colocaram a gente para fora. Não tomei a vacina, mas ainda sou um cidadão livre. É um direito de escolha, isso é discriminação”, disse
Passaporte da vacina
O comprovante de vacinação contra Covid-19 é exigido em todo estado para eventos com mais de 200 pessoas, seguindo decreto estadual. Muitos municípios também exigem a comprovação para entrada em prédios públicos.
Em Palmas, o passaporte da vacina é exigido para entrada e permanência em todos os órgãos e entidades públicas municipais. A regra se aplica tanto aos servidores como aos moradores que procurarem os locais para serviços.