De acordo com os dados da Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins, a incidência de dengue vem aumentando anualmente. Em 2021 foi registrado um aumento de 362% no número de casos confirmados da doença em relação a 2020, que contabilizou 7.994 notificações contra 1.728, respectivamente. Entre os municípios que registraram maior número de casos está Araguaína, a segunda maior cidade do estado registrou quase 100% a mais nas confirmações de casos, chegando a 1.355 casos confirmados em 2021. Brejinho de Nazaré e Dueré também registraram aumento significativo.
A dengue, transmitida pelo mosquito aedes aegypti, deposita os ovos em recipientes que acumulam água parada, como caixas-d’água sem tampa, pneus descartados de maneira irregular e vasos de plantas, sendo que 80% desses criadouros estão localizados dentro das próprias residencias, segundo a Secretaria de Estado da Saúde. Além da dengue, o mosquito transmite zika e chikungunya, doenças que também registraram aumento no Tocantins. Segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde, os casos de chikungunya aumentaram 111% em 2021 em comparação com o ano anterior e 34 casos foram confirmados somente em janeiro deste ano.
Entre os principais sintomas da dengue estão dores musculares, dores atrás dos olhos, nas articulações, costas e abdômen, além de febre, fadiga, mal-estar e manchas vermelhas pelo corpo. Nayara Borba, biomédica e gestora do Sabin Medicina Diagnóstica no Tocantins, além de especialista em microbiologia, esclarece algumas questões sobre o diagnóstico do vírus. “Ter um diagnóstico confirmado traz segurança para que o médico conduza a parte terapêutica, então ele vai fazer toda a parte de assistência a esse paciente já com o diagnóstico confirmado, conduzindo melhor e tomando as providências caso haja uma complicação no quadro” destaca a especialista.
Nayara também afirma que entre o ano de 2020 e 2021, sua clínica teve um aumento de mais de 300% na procura desses exames, o que reflete o aumento dos casos na população.