O caso de violência, agressão que aconteceu no dia 20 de fevereiro em Palmas, onde dois guardas metropolitanos espancaram o jovem Vinícius Lucas, de 26 anos, ainda repercute. A defesa dos guardas afirma que Vinícius teria sido contido por agredir uma mulher.

Leonardo Cardoso, advogado de defesa dos guardas metropolitanos, afirmou em entrevista ao portal G1 que os guardas foram até o posto de combustíveis onde tudo aconteceu porque havia uma denúncia de que uma mulher estava sendo agredida e os guardas usaram ‘força moderada’ para conter Vinícius.

O advogado deu a seguinte versão: “Vinicius disse ‘vocês não têm nada a ver com isso. Eu vou tirar esses guardinhas daqui nem que seja no tapa’. Neste momento, ele já partiu em direção à equipe, desferiu um soco no subinspetor da guarda e neste momento ele já estava em situação de flagrante”, afirma.

“Foi feito esta tentativa de contenção dele e foi necessário o uso da força. O uso moderado da força”, concluiu.

A defesa de Vinicius afirmou que essa versão trata-se de uma tentativa de disputa de narrativa para tentar justificar o injustificável. “A contraposição a tais argumentos dar-se-a pelos fatos de que foram registrados nas câmeras de segurança do posto e nas imagens feitas pelas dezenas de pessoas que testemunharam as agressões.” Disseram Cristian e Luz Arinda, advogados de defesa da vítima.

“A própria instituição reconheceu que aquele não é o procedimento padrão, afinal nenhum agente de segurança tem autorização para tais práticas de espancamento e provável tortura, que não se confundem com legítimo uso progressivo da força garantido para a atividade policial. Protocolos de uso proporcional da forca apontam para imobilização e contenção, no vídeo vemos coisas como chutes no rosto. Inclusive um dos policiais aparentemente tem algemas nas mãos e ao invés de usa-las, pisou e chutou a cabeca da vítima”, concluíram