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Equipe Gazeta do Cerrado
Em material encaminhado à imprensa, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação do Tocantins (Sintet), afirma que o Prefeito de Taguatinga, Paulo Roberto não quer cumprir a lei do piso, e ainda faz ameaças à categoria que não abre mão do reajuste de 33, 24% e da reformulação do Plano de Cargos, Carreira e Remuneração do Magistério (PCCR).
Segundo a entidade, em uma reunião com a categoria, o prefeito disse para os professores que cobravam o cumprimento do reajuste do piso do magistério que a reunião era dele. Uma professora que o interpelou dizendo que só queria a garantia do direito, o prefeito a ameaçou dizendo: “a partir de segunda-feira você vai ver o seu direito”. O Sintet afirma que o prefeito sugeriu que transferiria para escolas da zona rural os professores que continuassem com a reivindicação.
“Até parece que para professor sala de aula é retaliação”, respondeu a professora.
Nessa quinta-feira, 31, os professores saíram às ruas em caminhada até a Prefeitura, onde realizaram um ato público em protesto contra o Prefeito Paulo Roberto e pela cobrança do reajuste do magistério.
O presidente do Sintet, José Roque Santiago, participou da manifestação pública em Taguatinga. “É um absurdo que um prefeito ameace um professor que luta pelos seus direitos, o piso é lei, se ele não quiser cumprir, vamos judicializar, mas ele vai pagar”, disse José Roque.
“Prefeito que não cumpre o piso, é prefeito fora da lei”, disse o sindicalista Divino Mariosan que participou do ato.
O presidente do Sintet Regional de Dianópolis, Jailton Pereira acompanha a mobilização no município e está fazendo os encaminhamentos em busca de diálogo entre a gestão e a categoria. “O gestor não tem mostrado flexibilidade para negociar a reivindicação e o resultado são os atos públicos, não vamos nos calar”, disse Jailton.
Os vereadores do município: Baiano Freire, Paulo Baré e professor Edilson também participaram da caminhada em apoio a luta dos professores pelo pagamento do reajuste do piso do magistério. “O piso é lei nacional e tem que ser cumprido, nós estamos aqui dando apoio a lutados professores nas ruas e na Câmara de vereadores”, disse o vereador Paulo Baré.
“Estamos aqui dando apoio aos professores pelo piso dessa classe trabalhadora”, disse Baiano Freire.
Com carro de som, faixas e cartazes com dizeres: Pague o piso, prefeito Paulo Roberto e Cadê nosso reajuste, Prefeito, o ato foi encerrado na porta da Prefeitura. Uma funcionária do paço chegou a usar um drone para filmar o ato público na tentativa de intimidar os manifestantes.
O que diz Paulo Roberto
A Gazeta entrou em contato com o prefeito Paulo Roberto, que negou todas as acusações. “Nada aconteceu. Não houve ameaça alguma. Eu convoquei os professores para a reunião, e pedi paciência, pois o presidente (Jair Bolsonaro) deu aumento, mas ainda não repassou o financeiro. Assim que o repasse acontecer eu faço o reajuste, mas não tem dinheiro para isso no momento”, disse o prefeito.
Paulo Roberto contou que na reunião tinha cerca de 150 pessoas, e que quatro professoras estavam exaltadas. “Eu apenas disse que elas estavam sendo injustas comigo”, relatou prefeito.
“A Educação é a menina dos meus olhos, é minha base. Essas acusações são apenas para me desgastar”, afirmou à Gazeta.
O prefeito destacou que assim que o Governo Federal fizer o repasse o reajuste será feito.