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Equipe Gazeta do Cerrado

O médico Álvaro Ferreira acusado de matar a ex-esposa, a professora Danielle Lustosa foi condenado por feminicídio, após um longo julgamento de quase 14 horas, no Fórum de Palmas.

O júri popular teve início às 9h desta sexta-feira, 1º e seguiu aproximadamente até às 23h. O réu foi condenado a 21 anos, quatro meses e 15 dias, e deve cumprir a pena regime fechado.

Durante o julgamento foram ouvidas ao todo nove testemunhas, entre elas, pessoas próximas ao réu e à vítima, prestadores de serviços e investigadores. Um vídeo da filha de Álvaro foi exibido.

Além do feminicídio, Álvaro foi condenado também por homicídio qualificado por motivo torpe. O réu foi considerado culpado em todas as acusaões que foram apresentadas pelo Ministério Público. A maioria dos componentes do Tribunal do Júri considerou o médico culpado.

A sentença assinada pelo juiz Cledson José Dias Nunes, da 1ª Vara Criminal. O condenado vai poder recorrer da decisão.

A Gazeta do Cerrado tenta contato com a defesa de Álvaro Ferreira e ressalta que o espaço está aberto.

Entenda o assunto

Em sessão do Tribunal do Júri realizada na sexta-feira, 1º, o médico Álvaro Ferreira da Silva foi condenado a pena de 21 anos, 4 meses e 15 dias de reclusão, pelo assassinato de sua ex-companheira, a professora Danielle Christina Lustosa Grohs. O crime aconteceu na noite de 17 de dezembro de 2017, em Palmas, alcançando ampla repercussão.

Na sessão de julgamento, o Conselho de Sentença acatou integralmente as teses de acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), reconhecendo as quatro qualificadoras do crime: motivo torpe, emprego da asfixia, uso de recurso que dificultou a defesa da vítima e feminicídio. Álvaro Ferreira deverá cumprir sua pena em regime inicialmente fechado.

A acusação foi sustentada pelo promotor de Justiça André Ramos Varanda. Conforme ele narrou, o réu cometeu o crime motivado por sentimento de vingança, pelo fato de Danielle ter denunciado a violação de uma medida protetiva imposta contra ele, uma vez que, na data anterior ao assassinato, Álvaro a agrediu e tentou esganá-la.

Após a denúncia feita pela ex-companheira, o médico foi encaminhado à Casa de Prisão Provisória de Palmas, porém foi colocado em liberdade em 17 de dezembro, após audiência de custódia. No mesmo dia de sua soltura, no período noturno, Álvaro Ferreira adentrou a residência da vítima e surpreendeu a ex-companheira, vindo a causar sua morte por esganadura.

Na sessão de julgamento, depoimento de diversas testemunhas, incluindo uma ex-mulher e uma filha do réu, confirmaram a periculosidade de Álvaro Ferreira, consistente em um temperamento constantemente violento e agressivo.

*Com informações do G1 TO e Ascom MPTO