Técnicos da Secretaria Municipal de Agricultura, Meio Ambiente e Recursos Hídricos (SEAMARH), nesta terça-feira, 05, estiveram na Praça da Conciliação, na Avenida Bernardo Sayão, apurando denúncias e investigando a suspeita de morte por envenenamento de árvores que compõem a arborização urbana. Cerca de cinco árvores da praça morreram nos últimos meses.

Segundo o engenheiro agrônomo da Seamarh, Alessandro José da Silva, pelas fotografias e vistoria in loco, foi identificado alguns indícios de ação criminosa. “Na base do tronco da árvore, a mais ou menos 20 centímetros de altura, foi retirada uma parte da casca do oitizeiro, deixando um anel de uns 10 centímetros de altura ao redor do tronco descascado, expondo o lenho”, relata.

A prática configura crime ambiental e os autores podem ser punidos conforme a lei 9.605/1998. Em caso de flagrante, o responsável é levado para prestar depoimento, indiciado em termo circunstanciado e responde por crime ambiental.

Para o engenheiro agrônomo, o principal indício de envenenamento é a morte rápida da árvore e o apodrecimento do tronco. “Com o auxílio de um pincel foi aplicado o produto cobrindo bem a ferida. No caso específico das árvores de oiti, pode ter sido praticada a maldade, onde podemos identificar as árvores com sintomas de envenenamento com herbicida com glifosato”.

De acordo com o secretário da pasta, Weliton Mendonça, a prática chamou atenção nos últimos meses. “No início parecia normal, pela ação da natureza. Contudo, nossos técnicos trabalham com a possibilidade de que há indícios que a morte das árvores tenha sido provocada por envenenamento ou contaminação por produtos tóxicos, como o óleo diesel, querosene, gordura e água quente”, explica.

Com o apodrecimento do tronco, a árvore será erradicada, pois com o tempo ela pode se tornar perigosa para os moradores, e futuramente outras mudas devem ser cultivadas para recuperar a arborização. “Serão necessários vários anos para que outra árvore atinja porte semelhante ao das árvores mortas. orientamos para que, havendo qualquer suspeita de crime ambiental, ou mesmo necessidade de poda e corte de árvores que estejam ameaçando a segurança da população, que a Seamarh seja avisada, para tomar as providências”, aconselha Welinton Mendonça.