Foto – Marcos Sandes
Conforme a acusação do Ministério Público do Tocantins (MPTO), um dos réus é o empresário Aumirlei Alves de Castro, que suspeitava de que Carlos Magno havia subtraído o aparelho de telefone da sua esposa. Aumirlei teria planejado o sequestro da vítima a fim de obter a confissão do furto e conseguir informações sobre o paradeiro do celular.
Ele agiu na companhia do comparsa Cláudio Kennedy Goiás Rodrigues de Araújo, amarrando a vítima e se revezando em uma sessão de torturas físicas e psicológicas, sendo que Carlos Magno afirmava sempre não ter subtraído o aparelho.
Carlos Magno tentou fugir, mas foi alcançado por Almirlei próximo a um córrego, onde eles iniciaram um embate físico. Debilitado pela tortura, a vítima não teria tido força suficiente para reagir e terminou sendo afogada por Aumirlei.
Após verificarem que Carlos Magno estava morto, Aumirlei e Cláudio Kennedy teriam retornado para a cidade, onde compraram uma pá e uma lona, utilizadas depois para cavar um buraco e enterrar o corpo da vítima.
O Ministério Público denunciou os dois réus pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (motivação fútil, emprego de meio cruel e uso de métodos que dificultaram a defesa da vítima), de tortura mediante sequestro e de ocultação de cadáver.
Terceiro envolvido
Também foi denunciado o comerciante Alberto Vulcão Barbosa, que teria tomado conhecimento do crime por relato de Cláudio Kennedy. Porém, durante seu depoimento, teria prestado informações falsas à Polícia Civil, visando dificultar a elucidação do homicídio. A ele, foi atribuído o crime de falso testemunho em processo penal, previsto no artigo 342 do Código Penal.