Do Palácio-Maju Cotrim

Esta terça-feira, 28, trouxe um significado importante para a cultura popular do Tocantins: as portas do Palácio Araguaia se abriram para receber os verdadeiros mestres e mestras populares que constroem a história deste Estado todos os dias.

Os catireiros, suceiros, tambores do Tocantins, integrantes das Cavalhadas de Taguatinga, Genésio Tocantins, indígenas e várias representações ali no Palácio que precisa ser a representação popular.

Dona Leonidia, aos 80 anos confessou que entrou pela 1ª vez no Palácio. Pioneira no estado, ela contou á Gazeta que sempre trabalhou com artesanato.

Todos estavam reunidos para o Prêmio Dona Miúda que pela primeira visibiliza griôs de todo o Estado através de um edital específico para eles. A premiação teve como protagonista toda classe cultural com direito a grandes lutadores da cultura na primeira fila. A Cultura tendo o protagonismo natural que precisa ser valorizado todos os dias.

 

Crianças e mestres juntos levando o recado que a riqueza cultural do Estado precisa ser uma das de políticas.

O governador Wanderlei Barbosa assistiu tudo na primeira fileira ao lado da deputada Claudia Lélis, do secretário Hercy Filho e outros nomes. O conselho de cultura estadual estava presente assim como os principais nomes que lutam por políticas culturais todos os dias.

“Última vez que estivemos em peso aqui infelizmente foi há mais de 15 anos quando homenageamos Dona Miúda em vida ainda”, disse a presidente do conselho, Meire Maria. “Hoje é um evento histórico”, comentou.

Ela contou que há mais de 20 anos a classe clamava esse edital para valorizar os mestres. Foram 46 premiados e os recursos foram pela 1ª vez do fundo de cultura do Estado. Ela aproveitou o espaço para pedir que o edital Dona Miúda seja transformado em lei para que nunca mais deixe de acontecer!

“ Nada paga a emoção de um dia dia como esse”, resumiu o secretário Hercy.

Que este Tocantins que convida a cultura tradicional para se manifestar de todas as formas no Palácio continue pulsando e que as portas sempre se abram para quem faz a cultura acontecer lá na ponta e precisa dos olhos do Estado independente de governos.

Reconhecer quem faz a cultura tradicional popular é dever de um Estado que tem na sua essência um povo com manifestações tão fortes. Viva a Cultura do Tocantins.