O atendimento adequado a gestantes de risco é primordial para a saúde de mães e bebês. Ciente disso, desde julho de 2014, a Secretaria de Estado da Saúde (SES-TO) administra a ‘Casa de Dona Regina’, uma residência que recebe gestantes, recém-nascidos e puérperas em situação de risco. Desde sua inauguração, já foram realizados 5.304 atendimentos na Casa, que dá continuidade aos atendimentos feitos pela equipe do Hospital e Maternidade Dona Regina Siqueira Campos (HMDR).

O público-alvo para atendimento da Casa são pessoas que não residam ou tenham condição de permanecer em Palmas, sendo elas, grávidas que demandam monitoramento, avaliação e condutas diárias; puérperas com bebês internados nas Unidades Intermediárias (UI) e recém-nascidos que necessitam de cuidados e assistência, pois estão estabilizados, mas precisam ganhar peso, realizar exames e receber alta médica.

As usuárias são encaminhadas a residência por meio do Núcleo Interno de Regulação (NIR) do HMDR e na Casa recebem toda manhã, a visita de um médico plantonista. Também são ofertados às usuárias alimentação e assistência na área de enfermagem 24 horas. A residência fica próximo ao HDMR, a fim de auxiliar no deslocamento rápido das gestantes, sendo designado um motorista com veículo a todo o momento para atender as demandas.

A mamãe Keliane Oliveira Pereira, de 27 anos, está na Casa de Dona Regina há um mês. Ela mora em Porto Nacional e após o parto, sua bebê teve que realizar uma cirurgia e está na Unidade de Terapia Intensiva neonatal do HMDR. “Meu parto foi cesárea e como minha bebê está internada, preciso tirar leite, acompanhar o boletim diário, então, se não estivesse na Casa, eu não sei onde ficaria”.

A bebê Hayla Rebeca, é a primeira filha de Keliane, que agradece por poder ser assistida na Casa de Dona Regina. “Para mim, a Casa é uma mão de Deus, porque tem alimentação, enfermeira 24 horas, conforto, ar condicionado, banho quente, tem acolhimento, não tenho do que reclamar. Toda a equipe nos trata muito bem, e ainda tem o convívio com as outras mães que passam pelos mesmos problemas que eu, e uma acolhe a outra”, finaliza.

A coordenadora da Casa de Dona Regina, Eulessandra Gonçalves, esclarece que o local é uma continuidade da assistência do HMDR. “Nós não somos uma casa de apoio, mas sim uma continuidade da assistência do Dona Regina. Fomos à primeira casa da gestante implantada pelo Sistema Único de Saúde (SUS), modelo Sofia Feldman, no Brasil. Também somos referência para outras casas que foram abertas, pois nosso modelo de protocolo foi utilizado para abertura de várias outras casas de gestantes”, explica.

Eulessandra conta ainda que “meu sentimento ao trabalhar na Casa é de amor,  pelo trabalho desenvolvido, pela equipe que é unida e desenvolve um trabalho de excelência. E saber que as mães saem daqui satisfeitas, é sinal que nossa missão foi cumprida” finaliza a coordenadora.

“Com a convivência, a gente aprende amar cada paciente, nos tornamos uma família”, conta a técnica em Enfermagem, Cisley Ferreira Brito, que trabalha na Casa desde a inauguração. “Em 2014 fui convidada a vir trabalhar aqui e nunca quis sair, pois além do trabalho na minha área, gosto da parte de acolhimento. Recebemos pacientes de outros municípios às vezes bem debilitadas, com poder aquisitivo baixo, então, temos a oportunidade de ajudar”.

Vagas e permanência na Casa

A Casa de Dona Regina possui 20 vagas, sendo 08 para gestantes, 05 cinco para bebês, 05 vagas para puérperas e 02 duas vagas para gestantes em vulnerabilidade social. A casa é uma residência provisória, ou seja, as mães podem ficar até 40 dias, período de término do puerpério. Após este período, as mães que ainda precisarem permanecer em Palmas, são encaminhadas para a Casa de Apoio Vera Lúcia Pagani, mantida pela Secretaria do Trabalho e Desenvolvimento Social.