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Integrantes do PT irão se encontrar nesta terça-feira (12) com a Procuradoria-Geral da República (PGR) e com o presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, para discutir o assassinato do militante do partido morto por um apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a reunião, a coligação de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) solicitará à PGR a federalização da investigação do caso. A informação é do analista da CNN Iuri Pitta.
A possibilidade já havia sido adiantada pelo analista da CNN Caio Junqueira na manhã desta segunda-feira (11).
Em coletiva de imprensa, a presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, confirmou que o encontro acontecerá na terça e sugeriu ações a serem tomadas pelo TSE.
“Estamos pedindo para ir falar amanhã com o TSE sobre isso e apresentar também um memorial da violência política, onde relatamos todos os casos de violência política que aconteceram no Brasil recentemente”, disse a deputada federal em coletiva de imprensa.
Gleisi defendeu que o TSE faça campanhas alertando sobre a violência política no Brasil.
“Eleição não é um campo de guerra onde você elimina um adversário. Eleição você debate propostas, debate ideias e tem que ter respeito. Nós não vivíamos isso no processo eleitoral brasileiro, isso é recente”, afirmou a deputada, que atribuiu a crescente violência ao presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Isso tem nome e tem endereço: é o movimento que foi deflagrado por Jair Bolsonaro. É o movimento do ódio, da eliminação. Ele, pelos seus atos, pelas suas atitudes e pelas suas ações invoca para que essas pessoas que o apoiam e que não tem firmeza das ideias acabem praticando atos como este”, apontou.
A petista também convocou o Congresso Nacional para incentivar eleições “pacíficas”.
“A institucionalidade brasileira precisa tomar uma medida. O Congresso Nacional precisa fazer uma campanha sobre eleições pacíficas. Nós não podemos aceitar o que está acontecendo, as instituições têm que entrar. Então, a nossa reivindicação é para isso, e, claro, eu acho que tem que ter normativos no TSE, protocolos sobre essa questão de segurança na campanha. Não pode uma campanha cercar a outra, agredir a outra”, justificou Gleisi.
A parlamentar ainda sugeriu que o TSE se posicione quando Bolsonaro emitir uma “frase-gatilho para ativar um ato de violência”.
“Ele [Bolsonaro] tem que responder por isso. Ele não pode ficar sem resposta, ou o PL tem que responder por isso. Nós estamos estudando para saber como formular”, acrescentou.
Fonte – CNN Brasil