Foto – Arquivo Pessoal

Lucas Eurilio

Prestes a completar dois meses, a barbárie contra o jovem Michael Wanderley Abreu, de 19 anos, que resultou na sua morte segue sem solução. Ele era filho da vereadora de Abreulândia, Regiane Abreu, que hoje faz tratamento psiquiátrico para amenizar a dor da perda repentina do filho.

Michael Wanderley foi espancando até a morte durante as festas da Cavalgada de Paraíso do Tocantins, no último dia 5/6/2022. Crime foi filmado por quem passava pelo local e mostra que um grupo foi pra cima da vítima e tudo aconteceu no meio da rua.

Após receber golpes de capacete, pedra, ferro, socos, murros e chutes, o jovem cai no chão e não levanta mais. (Assista no final da reportagem). 

Nesta quarta-feira, 20, a Gazeta do Cerrado conversou novamente com a irmã de Michael, Takira Kauyanna Abreu. Ela que é técnica de enfermagem,  disse que precisou sair dos empregos por que estava com medo.

“Estou me sentindo sem rumo porque tive que lagar meus dois serviços em Paraíso. Tive que vir embora pois eu tinha medo de andar na rua. Porque vai que esses caras querem se vingar, correr atrás de mim, porque eles estão soltos ainda. Não tem como eu ficar lá sozinha trabalhando. Tive que largar tudo que conquistei e voltar pra cá pra cuidar da mãe, porque ela está seguindo, mas muito fragilizada”.

Tarika relatou que não consegue dormir, porque ao fechar os olhos ela vê o irmão no caído no chão.

“Não consigo dormir à noite, porque toda vez que fecho os olhos na cama, eu vejo aquele asfalto lá em Paraíso e encontrando meu irmão morto caído no chão”.

Na época do homicídio, as testemunhas começaram a ser ouvidas três dias após o assassinato, no dia 8/6/2022, e desde então, não se tem mais atualizações sobre o caso, por parte da Polícia Civil, que investiga o crime.

Também não se sabe ao certo o que pode ter acontecido. Segundo informações, a motivação teria sido que Michael tinha se envolvido numa briga em outro setor da cidade e depois de descer para a avenida onde acontecia a cavalgada, teria sido seguido pelo grupo que o espancou. Versão que não foi confirmada pela polícia até o momento.

Nossa equipe entrou em contato com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-TO) solicitando detalhes sobre as investigações.

Em nota o órgão esclareceu que a Polícia Civil, através da 6ª Divisão Especializada de Repressão ao Crime Organizado (DEIC – Paraíso do Tocantins), está empreendendo todos os esforços na investigação do caso de homicídio do jovem M.W.A.

Os trabalhos seguem sem qualquer paralisação e envolvem fases de oitiva de testemunhas e colheita de provas. Mais informações serão repassadas em tempo oportuno.

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