A Comissão dos aprovados no Concurso da Polícia Civil divulgaram texto no qual cobra a nomeação de mais aprovados no certame. No texto eles cobram mais investimentos na area no Estado. Veja abaixo a íntegra do texto:

policia civil

Depois de um ano preso, o Tribunal de Justiça do Tocantins (TJ-TO) absolveu, nesta semana, pelo crime de estupro a vulnerável o professor do ensino fundamental, Geová Rodrigues Pinheiro, concursado há 15 anos no município de Figueirópolis. Para a Justiça ele foi considerado inocente e não havia cometido o abuso, ou seja, durante um ano o professor ficou detido, sujeito a abusos físicos e psicológicos por conta de um caso que foi reparado apenas um ano depois.

Situações como essa provam que é necessário mais investimento na Polícia Civil na hora de realizar a perícia e investigações dos crimes. Com provas e depoimentos colhidos que sustentem e dê força à acusação, a possibilidade de situações como a de Geová acontecerem no futuro serão cada vez menores.

 Outra prova da falta de policiais é a insegurança que existe nos próprios departamentos de polícia. Na madrugada da última segunda-feira (16), uma Delegacia da Polícia Civil em Palmas foi alvo de bandidos. A Delegacia da Mulher da Capital, localizada na localizada na quadra 604 Sul, teve o portão derrubado e os criminosos levaram o carro do departamento, computador, DVD, TV, botijão de gás, nobreak, dentre outros objetos.

 

Se não há segurança nas delegacias, certamente o cidadão não tem a garantia de que haverá segurança nas ruas. E casos como esses são registrados porque não existem profissionais, tanto delegados, como peritos, suficientes nas delegacias para responder a demanda que foi crescendo de acordo com o Estado. Contudo, a sobrecarga de trabalho e o déficit de pessoal trazem mais impunidade e crimes mal resolvidos para a sociedade.

 

Aumentar o contingente de policiais que compõem o quadro da Segurança Pública com a convocação de todos os aprovados no concurso da Polícia Civil pode solucionar este problema.

 

“A Segurança Publica, para ter efetividade, necessita de investimento em recursos humanos, precisa ser estruturada com pessoas tecnicamente habilitadas e preparadas para exercer as funções que são a base para condenação de criminosos, por tudo se inicia nas investigações feitas na Polícia Civil. Hoje estamos treinados, foi investido tempo e dinheiro público em nossa academia de polícia e nos dedicamos a horas e horas de estudo, estamos aguardando para contribuir com a melhoria da Segurança Publica de nosso Tocantins”, enfatiza Ênio Walcácer, aprovado para o cargo de delegado no concurso da PC.

 

Concurso

 

O certame da Polícia Civil, realizado em 2014, trazia mais de 500 vagas diretas no edital. No entanto, o Governo ainda não cumpriu com todas as convocações.

 

Na primeira chamada, em maio deste ano, o Estado convocou 53 candidatos para o provimento dos cargos de delegado, 13 médicos legistas, 35 peritos, 63 escrivães, 44 agentes e 26 necrotomistas.

 

Já em agosto, o Diário Oficial do Estado (DOE) trouxe o nome dos cinco peritos, 31 delegados e 50 escrivães que serão nomeados. No entanto, conforme o edital, o governo ainda deve convocar os 175 aprovados remanescentes.

 

Desta forma, os 175 remanescentes ainda aguardam a nomeação final de 88 escrivães, 47 delegados e 40 peritos.

 

O aprovado para o cargo de perito, Heyder Monteiro, ressalta que a convocação desses candidatos irá atender não somente um grupo de aprovados, mas também toda uma sociedade que não suporta mais viver com tanta violência em um estado que deveria ser exemplo na segurança.

 

“O problema nas delegacias, o déficit de pessoal e o aumento de crimes no Tocantins hoje é um problema real e o Governo sabe como solucionar isso, mas precisamos de mais vontade política para essas convocações, o que consequentemente proporcionaria mais paz e tranquilidade nas casas de cada morador tocantinense”, concluiu.