O Núcleo das Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) de Gurupi, no Sul do Estado,
a 230 Km de Palmas, da Defensoria Pública do Estado do Tocantins (DPE-TO)
emitiu neste domingo, 22, Nota Pública sobre o assassinato da travesti
Nathalia, ocorrido na última sexta-feira, 20. No documento oficial, o NUAmac
informa que acompanhará a investigação sobre a morte da jovem.

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“(…) além de se sensibilizar com estes casos e se solidarizar com as
famílias, reafirma sua missão na promoção dos direitos humanos e da defesa dos
direitos das minorias, como da população LGBT, (…)”, consta em trecho da
nota pública.

Até o momento, não há informações sobre os suspeitos do crime.

Veja, a seguir, a nota, na íntegra:

NOTA PÚBLICA

Com sentimento de tristeza e revolta, o Núcleo Aplicado das Minorias e Ações
Coletivas (NUAmac) Gurupi recebeu a notícia da morte da travesti Nathalia,
encontrada morta na última sexta-feira (20/10), na Avenida Goiás, saída sul de
Gurupi. Após receber quatro tiros, a vítima não resistiu e faleceu no local.
Nathalia teve sua vida ceifada sem qualquer despedida.

Segundo informações da Polícia Militar, Nathalia morava há pouco mais de seis
anos em Gurupi e não tinha parentes na cidade, apenas um companheiro. O corpo
foi levado para o Instituto Médico Legal (IML) da cidade e aguardou o
reconhecimento de familiares.

Ainda não há pistas do suspeito ou sobre a motivação do crime, mas o fato
irreversível é que as mortes de travestis no Brasil já somam um montante de
quase 150 neste ano, conforme dados divulgados pela Associação de Travestis e
Transexuais do Tocantins (Atrato). São mortes com motivações homofóbicas, e
que segundo a Articulação Nacional de Travestis e Transexuais (ANTRA), mais de
80% dos assassinos não têm ligação com a vítima e 95% destes assassinatos
apresentam requisitos de crueldade correlacionando os crimes ao ódio pela
orientação sexual, aparência e pelas ideologias.

A Defensoria Pública do Estado do Tocantins, por meio Núcleo Aplicado das
Minorias e Ações Coletivas (NUAmac) Gurupi, além de se sensibilizar com estes
casos e se solidarizar com as famílias, reafirma sua missão na promoção dos
direitos humanos e da defesa dos direitos das minorias, como da população
LGBT, e compromete-se a acompanhar a investigação do homicídio Nathalia, afim
de resguardar a justiça aos familiares e à memória da mesma.