Lagoa do Japonês – Foto – Emerson Silva/Divulgação

Por Penaforte Dias/@FebturTO e @FebturBR Acesse: febtur.org.br 

Há cinco anos, poucas pessoas falavam desse oásis no cerrado tocantinense. Mas esse atrativo já consta na lista dos mais desejados na preferência de quem procura as belezas naturais do Tocantins. Há vários motivos para isso, e você vai saber agora ou, se preferir, quando chegar lá.

Se o seu sonho é um lago de águas cristalinas, cercado de matas ciliares e paredões rochosos, pode mergulhar de olhos abertos que ele existe. Seu lugar fica a 245 Km de Palmas, no município de Pindorama, na porção centro-sul do Estado do Tocantins (TO), e está nas rotas turísticas do Jalapão e das Serras Gerais. Toda a área está situada num belo vale, sob influência da bacia do Rio Manoel Alves, onde predominam matas de galeria, rochas carbonáticas e paisagens encantadoras.

A estrela local – a lagoa -, tem uma profundidade média de aproximadamente 2,5 metros (chegando a 4m em alguns pontos). Ela está conectada a uma caverna, de onde se origina o fluxo de águas translúcidas azul turquesa ou verde-esmeralda, dependendo do local e da quantidade de raios solares sob o espelho d’água. O fundo é composto por rochas calcárias, areia, lama e troncos de árvores. Tudo visto a olho nu. O seu entorno é cercado de árvores grandes e arbustos, formando um cenário deslumbrante em um ambiente de muita paz.

Foto – Emerson Silva/Divulgação

O entorno da caverna exibe uma beleza cênica incrível, formada por uma piscina de águas em tom azul intenso. Os efeitos de luz e sombra em todo o ambiente cercado de formações rochosas primitivas e vegetação típica impressionam.

É a hora daquele banho relaxante, o seu momento para jogar corpo e espírito em águas cristalinas e calmas, com uma temperatura agradável. Uma experiência submersa inesquecível de relaxamento e entrega à mãe natureza.

E se quiser mais emoção pode se aventurar nos labirintos da gruta formada pela ação das águas nas rochas ao longo do tempo. Você vai fazer um tour pelos estalactites, estalagmites, colunas, escorrimentos, bolo de noiva e cortinas naturais.

A visitação pela caverna deve ser acompanhada por alguém da equipe local. Recomenda-se usar coletes ou outros acessórios de segurança, especialmente para quem não sabe nadar.

Outra opção, é fazer um passeio de barco ao longo da lagoa para observar os peixes, a paisagem, fazer fotos ou, simplesmente, se deixar boiar livremente, contemplando o céu ensolarado.

Foto – Emerson Silva/Divulgação

Sabores

Foto – Emerson Silva/Divulgação

Depois dos passeios, a parada obrigatória é o restaurante do complexo, onde você vai encontrar um cardápio com refeições completas. Não vão faltar pratos como peixes fritos e ao molho, costelinha suína, carne de sol, moqueca de banana e a deliciosa panelinha, além de sobremesas.

O restaurante, sob nova direção, foi revitalizado e tem um atendimento acolhedor da chefe Rubi (Rubilene Correia) e sua simpática equipe. Além dos diversos pratos, o cliente pode pedir lanches, sorvetes e bebidas como cervejas, coquetéis, refrigerantes e sucos.

Todo o empreendimento está bem estruturado para atender bem os turistas. Para começar o passeio, há dois decks que dão acesso aos barcos: o primeiro é rústico; já o segundo é bem mais estiloso, de onde podem ser feitas ótimas fotos tendo a beleza da lagoa ao fundo.

Há também áreas cobertas com mesa e cadeiras, banheiros e espaço para troca de roupas, além do restaurante que abre para almoço. Após a refeição, o turista pode tirar uma leve soneca no redário, com boa oferta de redes. Há ainda um camping para quem quer se hospedar. Se for o caso, leve sua barraca e roupas de cama. A diária do camping vale R$ 80/pessoa.

Final feliz

Antes de partir contemple a vista privilegiada do vale de forma radical.  No local, há uma tirolesa de 300 metros para fechar com chave de ouro sua experiência na Lagoa do Japonês. A aventura custa R$ 50 por pessoa.

Foto – Emerson Silva/Divulgação

Informações úteis

Como chegar:

O trecho entre Palmas e Pindorama é totalmente asfaltado, via Ponte Alta ou Porto Nacional. Já o trajeto entre Pindorama e a Lagoa do Japonês é de terra e areia. Antes da chegada há uma serrinha, com trechos sinuosos e declives acentuados. Aconselhamos fazer trecho, preferencialmente, por carro alto, com tração nas rodas, tipo 4×4.

Há agências em Palmas que fazem o trajeto na modalidade bate e volta para a Lagoa. O aluguel de um carro traçado (5 pessoas) fica por volta de R$ 400. Se preferir um motorista/guia, o custo da diária do profissional é, em média, R$ 250.

No período chuvoso (entre novembro a abril), a água pode escurecer e além disso, as estradas ficam bastante problemáticas.

Taxas

A Lagoa do Japonês fica em uma propriedade particular e é preciso pagar uma taxa de acesso, com direito de passar o dia, no valor de R$ 40 por pessoa. Crianças menores de 12 anos não pagam.

A direção da Lagoa oferece sapatilhas especiais à prova d’água, pois as pedras são muito lisas e cortantes e podem machucar os pés. O aluguel da sapatilha é de R$ 10. Também oferece coletes (R$ 10) e macarrão (R$ 2) tipo salva-vidas para aluguel.

Por fim, o acesso da Lagoa até a gruta é feito ou andando/nadando por trilha e água ou, ainda, com o auxílio de canoas que fazem parte da estrutura do local. O trajeto do barco dura barco dura 5 minutos, a R$ 10, ou R$ 15, para passar mais tempo tirando fotos.

O passeio de caiaque transparente pela Lagoa custa R$ 50.

Regulamento

O número de visitantes permitidos por dia é de 150 pessoas. Horário de funcionamento é das 8h às 18h. Não é permitida a entrada de animais domésticos. Evite usar muitos cremes, repelentes ou filtro solar antes de entrar na lagoa. O uso põe em risco o frágil ecossistema local. E por fim, não é permitido o uso de equipamentos de som.

Dicas

O melhor período para visitar a Lagoa do Japonês é entre maio e outubro. Para aproveitar melhor o atrativo, chegue cedo, pois vai encontrar a água completamente transparente. Se quer uma experiência mais intensa, é bom evitar os finais de semana, feriados e altas temporadas. Use máscaras de mergulho para aproveitar melhor as belezas embaixo d’água. Há presença de peixinhos que poderão tocar nas pernas e pés. Não há perigo algum, mas se quiser evitar basta ficar em movimento. Outra dica é incluir a Lagoa do Japonês ao seu roteiro do Jalapão ou às Serras Gerais, que fazem parte do roteiro Estação Ecológica das Serras Gerais.

A Gazeta do Cerrado esteve lá e mostra um pouco mais do atrativo: