Maju Cotrim
As eleições estaduais deste ano no Tocantins trouxeram lições simples e até clichês mas que foram reforçadas através de algumas atitudes de políticos. Uma disputa que ficou fria maior parte do tempo mas que revelou excessos de confiança de uns e inércia de outros.
Lição 1: Voto e mineração só depois da apuração: quem já não ouviu essa frase? Essa eleição foi o retrato fiel deste dito popular. Quanta gente comemorou antes das urnas que quando foram abertas trouxeram resultados amargos? Quanta gente projetava milhares e milhares de votos durante conversas mas… esqueceram de combinar com os eleitores!
Lição 2: Por mais conhecido que a pessoa seja: voto não cai do céu! “Fulano não precisa nem sair de casa que já ganhou”, cheguei a ouvir várias vezes quando sentava em algumas mesas com pessoas da área política. Um nome ser conhecido, ex deputados e até ex governador ainda assim precisam a cada eleição buscar o voto e preferência do eleitorado. Cada eleição é uma eleição! Essa eleição teve vários casos assim!
Lição 3: Cuidado com o que fala! quantos políticos falaram frases clichês e depois mudaram de opinião ou recuaram por vários motivos? Neste pleito houve muitos casos assim! A política é uma arte em movimento na qual tudo pode acontecer ou não e essa flexibilidade deve guiar o que dizem os políticos! Deixado na chapada pelos até então aliados no dia da convenção, o deputado Damaso que já tinha dito: “Serei governador ou ex deputado” não teve outra alternativa a não ser recuar e disputar novamente na Câmara Federal. Ele foi muito bem votado nas urnas mas não conseguiu a vaga.
Lição 4: Coerência ainda é uma exigência em política! Este pleito foi marcado por muitas posturas controversas. Seja de familiares na política ou em vários partidos e isso chamou atenção! Gente que não era candidato e virou, quem era não foi mais…. Anúncio de aliança num grupo depois deixaram o outro na chapada como foi o caso de Osires Damaso com Irajá. Teve ainda grupos que se juntaram na reta final após ja terem se alfinetado ou estarem distantes há anos…. Toda mudança de postura política pode ser entendida desde que explicada com coerência e isso faltou em
Vários casos.
Lição 5: Não se ganha uma campanha só na rede social! Todos devem saber disso mas teve candidaturas que se preocuparam mais com as redes, curtidas e comentários do que com a campanha real em si! Não deu outra: teve gente com milhares de seguidores que não refletiu isso nas urnas.
Lição 6: Forçar personagem nunca foi opção! Mudar o tom, as posturas, adquirir comportamentos que não são da essência política da pessoa está na cara que uma hora não vai funcionar! E teve casos aqui de novo essa eleição que políticos já bem conhecidos até tentaram mas não não conseguiram sustentar os personagens até a reta final…
Lição 7: Quantidade não é qualidade! Claro que quanto mais apoios de prefeitos e vereadores e outros líderes melhor né? Mas a qualidade desses apoios no que diz respeito á forma como ele se dá na prática é ainda mais importante! O real engajamento destes líderes nas campanhas é que contribuem para o sucesso dos candidatos.
Criar e compartilhar fake news e desinformação é uma estratégia de campanha vergonhosa. E teve gente que se revelou nesta eleição que teve até manipulação de gráfico de pesquisa e uma prática da qual a Gazeta foi vítima várias vezes: a de alteração nos links para confundir a população.
Lições políticas são diárias na verdade! Errar ou acertar em política depende das circunstâncias e do cenário mas principalmente das posturas de cada um! O eleitor sabe analisar e identificar as contradições!