(Foto Divulgação/Internet)

O atual secretário da Cidadania e Justiça do Tocantins, Coronel Glauber concedeu entrevista exclusiva à Gazeta do Cerrado na qual comentou os principais gargalos à frente da pasta.

A frente do Comando da Polícia Militar a quase três anos, o coronel Glauber afirma que está preparado para assumir o novo desafio como secretário da Seciju mesmo em meio a atual situação crítica. Questionado sobre como os explosivos utilizados pelos detentos foram parar dentro do presídio o coronel afirmou que está apurando os fatos e cogitou a possibilidade de facilitação da entrada do material, “Nós sabemos que esse explosivo não foi fabricado lá dentro, ele entrou de alguma forma, houve facilitação de alguma forma ou de outra. Por isso nós temos que apurar para não cometer injustiça” ressaltou. O gestor explicou que as forças polícias estão trabalhando unidas na busca dos detentos que ainda não foram capturados para que eles voltem a cumprir suas penas o mais breve. “Estamos trabalhando todas as forças em conjunto. Tanto a polícia militar, quanto a civil e os agentes do sistema penitenciário no sentido de capturar esse infratores mais rápido possível”, pontuou.

Glauber declarou que a orientação do Governador é manter todos os projetos positivos, pois a SECIJU é uma Secretaria que participa de todas as nuances da natureza humana dentro da sociedade desde o sistema penitenciário, socioeducativo, direitos humanos abrangendo as minorias e a diversidade da população. Após 30 anos de serviços prestados a corporação, o coronel conta que sempre procurou trabalhar da melhor forma possível. “Eu amo o que eu faço. Vou levar dentro do meu coração o que a PM me deu e eu procurei recompensar isso para a sociedade”, concluiu.

“Não tem nada de incompatível porque o militar também é gente. Nós saímos da sociedade igual a todos os cidadãos. Dou aula em Palmas a vida toda. Moro aqui há mais de 40 anos. não terei dificuldades de conversar sobre bons projetos. Militar também é gente” declarou o ex-comandante geral da PM ao responder sobre os desafios que o aguardam especificamente em relação aos direitos humanos e a diversidade.

A equipe da Gazeta perguntou ao coronel se as fugas são um reflexo da falta de contingente apto a trabalhar no sistema penitenciário, uma vez que os contratados não são treinados adequadamente para suprir a demanda e atuar em determinadas condições o Secretário foi enfático “eu acho que não. Afirmando isso se pode entender que estamos falando mal de todos os funcionários. Não são todos que não receberam o treinamento e podem ter o porte de arma. Quem a lei permite usa arma, não é por aí não”, finalizou.

Texto: Nielcem Fernandes

Edição: Jornalista Maria José Cotrim