Audiência – Foto – Marcelo de Deus/MPTO

O Núcleo Permanente de Incentivo à Autocomposição (Nupia) do Ministério Público do Tocantins (MPTO) realizou reuniões, nesta terça-feira, 08, com representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Tocantins (Sintet) e de professores dos municípios de Pium, Taguatinga e Santa Maria do Tocantins. O objetivo foi avaliar o cumprimento dos acordos, por parte dos gestores, e traçar estratégias para solucionar os conflitos que ainda permanecem.
A reunião foi conduzida pela coordenadora do Nupia, a procuradora de Justiça Maria Cotinha Bezerra, que destacou que a conciliação e autocomposição têm sido umas das prioridades do Ministério Público, porque reduzem a judicialização, agilizam a resolução dos conflitos e aproximam a instituição da sociedade.
Na reunião com os profissionais da educação de Santa Maria do Tocantins, a procuradora mostrou satisfação ao ver que 60% dos pontos estabelecidos no acordo já foram atendidos. O conflito ainda se dá em relação ao calendário de reposição de aulas perdidas durante greve recente da categoria e também na demora na análise do Plano de Cargos, Carreiras e Salário dos profissionais.
“Não podemos negar que houve avanços em Santa Maria, mas vamos cobrar o que está faltando e espero que até o fim deste ano tenhamos todo o pleito resolvido. Continuaremos a focar na autocomposição como prioridade”, destacou a coordenadora.
Em Pium, os problemas relatados pela classe incluem redução de carga horária e achatamento da carreira, nas situações em que profissionais de nível superior passaram a receber como nível médio. Uma das professoras presentes disse que estava de licença médica, quando teve a carga horária e o salário reduzido, sem nenhum aviso prévio.
Na ocasião, os profissionais solicitaram ainda a colaboração do Nupia para intermediar negociações com a gestão municipal para realização de concurso público e a concessão de 40 horas semanais aos profissionais.
Com os professores de Taguatinga, a demanda se dá em torno do piso nacional do magistério e do pagamento de data-base, tendo-se apontado a necessidade de um reajuste de 33,27%.
Também foi relatada a falta diálogo entre o Município e os professores, que solicitaram a colaboração do Núcleo, no sentido de mediar negociações para o pagamento do retroativo da categoria, entre outros conflitos.
A coordenadora do Nupia  agora deve entrar em contato com os promotores de Justiça e com as respectivas prefeituras, no intuito de buscar uma conciliação entre as partes.