Caso foi registrado em uma avenida da região sul de Palmas – Foto – Reprodução

A madrugada desta sexta-feira (11) poderia ter sido fatal para uma criança de cinco anos com necessidades especiais se não fosse a ação rápida de militares que faziam patrulhamento na região sul de Palmas. Os pais, desesperados, estavam na Avenida Tocantins, em Taquaralto, por volta da 1h20 quando se depararam com a viatura da Polícia Militar (PM) e pediram socorro.

Quem atendeu ao pedido de socorro foram o 2° sargento Evaldo Souza da Silva e o cabo Leandro Marques, do 6º Batalhão da PM. Eles relataram que pararam imediatamente para ver o que estava acontecendo assim que viram os pais gritando por ajuda.

“Nos deparamos com esse veículo que vinha em sentido contrário. As pessoas dando a mão, pedindo socorro. Firmou a atenção e até a gente averiguar o que está acontecendo é muito tenso, devido à criminalidade. E de repente se depara com uma situação totalmente diferente da nossa rotina. De imediato a gente tem que entrar em ação”, contou o sargento Souza, sobre o momento em que foram abordados pela família.

Imediatamente uma mulher desceu do carro com um menino, que estava desacordado, com o pulso lento, vias aéreas obstruídas e sem nenhuma respiração. “Quando a gente notou a mulher com a criança nos braços, a criança muito mole e ela relatando mais ou menos o que tinha acontecido, já fomos fazendo os procedimentos”, completou o militar.

A câmera de segurança de um comércio da avenida registrou toda ação. A primeira manobra para salvar o menino, que é portador de hidrocefalia e paralisia cerebral, aconteceu no canteiro central da avenida.

Em pouco mais de um minuto, eles pegaram a criança e conseguiram fazer com que ela soltasse algo pela boca e voltasse a respirar. Mas como o menino voltou a ter outra parada respiratória, a equipe entrou na viatura e correu para uma Unidade de Pronto Atendimento da região sul.

No caminho a criança voltou a respirar, mas mesmo assim recebeu atendimento médico na unidade e não corre risco de morte.

“Não é uma situação que está no nosso dia, mas acontece. A gente como servidor, como protetor, tem que entrar em ação nessas situações. A gente fica feliz pelo resultado”, afirmou o sargento Souza.

Mesmo com anos atuando na Polícia, nenhum dos dois militares tinham feito salvamentos desse tipo. “Já tinha visto situações pelas redes sociais de colegas que realizaram esses procedimentos, mas comigo, em toda a minha carreira foi a primeira vez. A sensação é de felicidade, porque a gente que tem filho sabe. Perdi minha filha em um shopping de Brasília e foi um minuto de sufoco, é muito tenso. Se deparar com uma situação daquela e a conseguir com toda a agilidade e manter o emocional controlado e conseguir realizar os procedimentos e dar tudo certo, a gente fica feliz com a coragem de, sem pensar, entrar em ação e procurar ajudar nosso próximo”, contou Souza.

Fonte – g1 to