Censo 2022 – Foto – Divulgação/Agência Brasil
O Censo 2022 entrou na reta final. A previsão do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) é encerrar a coleta de dados em meados de dezembro. Quem não recebeu a visita dos recenseadores poderá acionar o órgão, por telefone, para requerer participar da pesquisa.
“Aquelas que não tiverem sido recenseadas serão recenseadas por esse serviço, que deve ser lançado nos próximos dias, nas unidades que estiverem com a coleta mais avançada”, informou o gerente técnico do Censo, Luciano Duarte.
Disk Censo é o nome do serviço ao qual Duarte se refere. Por meio dele, a população poderá registrar reclamações e tirar dúvidas.
Segundo Duarte, diante de eventuais reclamações por não ter recebido a visita de um recenseador, o IBGE irá “verificar a condição de recenseamento dessas pessoas”. Se identificada a necessidade de participação será agendada a entrevista para aplicação do questionário.
O IBGE lembra que o questionário do Censo é domiciliar, não individual. Ou seja, apenas um morador de cada domicílio responde à pesquisa em nome de todos os que moram no mesmo imóvel.
O objetivo do IBGE é visitar todos os domicílios de todos os 5.570 municípios brasileiros. Até 31 de outubro, data do último balanço divulgado pelo órgão, haviam sido recenseadas 136.022.192 pessoas, em 47.740.071 domicílios. Esse total corresponde a 63,77% da população estimada do país (215 milhões de habitantes).
Ao divulgar o balanço, o IBGE informou que ainda que continuava enfrentando dificuldades para colocar recenseadores nas ruas para fazerem a coleta. Em todo o país, havia 90.552 recenseadores em campo – menos da metade (49,5%) do total de vagas disponíveis (183.021).
O IBGE anunciou em 3 de outubro o adiamento do fim da coleta de dados do Censo Demográfico de 2022 justamente por causa da falta de recenseadores. Outra dificuldade vinha sendo a recusa de alguns cidadãos receberem a visita dos recenseadores que estão em campo.
Até o último balanço, cerca de 2,33% em média dos domicílios visitados não haviam sido recenseados diante da recusa do morador em receber o recenseador e responder ao questionário.
São Paulo era o estado com maior percentual de domicílios cujo morador se recusava a responder ao recenseador. Também tinham taxa de recusa superior à média nacional os estados de Roraima (3,72%), Rio de Janeiro (3,5%) e Mato Grosso (2,9%).
Já Paraíba (0,92%), Piauí (1,08%) e Rio Grande do Norte (1,17%) eram os estados com a menor taxa de recusa.
Piauí era o estado com maior proporção de pessoas recenseadas em relação à população estimada (86,08%), seguido por Sergipe (83,19%) e Rio Grande do Norte (80,48%). Os menos adiantados são Mato Grosso (42,72%), Amapá (51,47%) e Acre (54,07%).
Fonte – g1