Raimundo Nonato é velado em casa – Foto – Divulgação

Equipe Gazeta do Cerrado

Está sendo velado nesta quarta-feira, 14, o corpo de Raimundo Nonato Silva Oliveira – Cacheado – , de 46 anos, líder do Movimento Sem Terra (MST) assassinato em Araguatins, no Bico do Papagaio.

A vítima teve a casa invadida por um trio de homens encapuzados na madrugada de terça-feira, 13, e foi assassinado a tiros na frente da esposa.

A 11ºª Delegacia de Polícia de Araguatins está investigando o crime.

Parentes, amigos e trabalhadores participam do velório na casa da vítima, onde ocorreu o homicídio, e dão o último adeus ao ativista. O enterro estava previsto para esta manhã, no entanto, o corpo demorou a ser liberado. Por isso, o sepultamento foi remarcado para às 16h.

Velório acontece na casa de Raimundo – Foto – Divulgação

O crime gerou comoção nacional e líderes divulgaram uma nota onde pedem Justiça pelo ativista.

Veja na íntegra as notas do MST e CDHP

O Militante do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) no estado do Tocantins, Raimundo Nonato Oliveira, popularmente conhecido como Cacheado, foi assassinado por dois homens que na madrugada desta terça-feira (13), chegaram encapuzados, invadiram sua casa e o executaram com tiros de arma de fogo, no município de Araguatins/TO.

No estado, Cacheado começou a se envolver na luta social ainda muito jovem. Iniciou sua militância nas comunidades Eclesiais de Bases, participando da Pastoral da Juventude Rural-PJR/CPT. Nos anos 2000, ingressou no MST, contribuiu com movimentos sindicais e partidos políticos, como PT, PCdoB e PSOL.

Tanto o Movimento como o próprio Cacheado sempre foram criminalizados e perseguidos pelos latifundiários, grandes grileiros de terra públicas na região do Bico do Papagaio. Estes, por diversas vezes, entre os anos de 2000 a 2015, tentaram assassinar Cacheado. Porém, ele conseguiu sobreviver às tentativas.

No decorrer do período do governo Bolsonaro, as ações de criminalização e risco de assassinatos de militantes sociais, sobre tudo os que lutam pela terra, ficaram muito evidente, se acirrando, ainda mais, no período eleitoral e pós eleições neste ano de 2022.

Nota CDHP