Páris Borges Barbosa é uma policial trans e participa da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTQIAP+ – Foto –  Reprodução/[email protected]

Com a exoneração do diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques, confirmada nesta terça-feira (20), começam a chegar à mesa de Flávio Dino (PSB), o futuro ministro da Justiça e Segurança Pública do governo Lula, uma série de nomes que poderiam ocupar o cargo a partir de 2023.

Entre esses nomes, está o da policial rodoviária federal Páris Borges Barbosa. Ela é uma policial trans, participa da Rede Nacional de Operadores de Segurança Pública LGBTQIAP+ e integra a associação Policiais Antifascismo.

O nome de Páris seria defendido por conselheiros de Dino, de acordo com apuração da Folha. Para eles, seria um nome capaz de realizar mudanças profundas na corporação, muito marcada pelo colaboracionismo às pretensões políticas do atual presidente, o homofóbico Jair Bolsonaro (PL).

Caso escolhida, Páris substituiria Silvinei Vasques, que é investigado por três possíveis favorecimentos institucionais a Bolsonaro nas últimas eleições. No segundo turno das eleições, por exemplo, a PRF realizou mais 500 operações de cumprimento do código de trânsito e atrasou a chegada de eleitores às urnas, em especial no Nordeste. Após as eleições, a mesma disposição não foi vista na hora de desobstruir as estradas tomadas por bolsonaristas descontentes com o resultados eleitorais. Além disso, Silvinei chegou a declarar seu voto nas redes sociais, mas apagou a postagem em seguida.

*Com informações da Folha via Revista Fórum.