Eclipse Lunar em Palmas – Foto: Daniel Lélis

Assim como em anos anteriores, 2023 estará repleto de eventos astronômicos.

Os fenômenos incluem 12 chuvas de meteoros, a conjunção de Vênus e Saturno, 2 eclipses lunares e 2 eclipses solares, além de superluas e até uma lua azul.

E, para ajudar os curiosos pela astronomia, veja lista alguns dos principais fenômenos que ocorrerão este ano. Veja abaixo:

Eclipses

 

  • ☀️ 20 de abril – Eclipse solar total (não visível no Brasil)
  • 🌗 5-6 de maio – Eclipse lunar penumbral (não visível no Brasil)
  • ☀️14 de outubro – Eclipse solar anular (visível em boa parte do país)
  • 🌗 28-29 de outubro – Eclipse lunar parcial (visível em uma pequena parte do país)

 

Em 2023, teremos 2 eclipses solares: um total (quando a Lua bloqueia toda a luz do Sol), em 20 de abril, e um anular (quando o Sol forma um anel ao redor da sombra da Lua), em 14 de outubro.

Atenção: um eclipse solar só pode ser observado com um filtro especial ou olhando para o reflexo do Sol.

total não será visível no Brasil. Apenas alguns países da Ásia e Oceania conseguirão observar o fenômeno.

Já o anular passará pelo país. Cidades como Natal (RN), João Pessoa (PB), Juazeiro do Norte (CE) e São Félix do Xingu (PA) terão a sorte de observar o “anel de fogo” ao redor da Lua criado pelo nosso Sol.

Por outro lado, em boa parte do Centro-Oeste, Sudeste e Sul, quem olhar para o céu perto das 15h da tarde do dia 14 de outubro verá o nosso astro meio que “mordido” pela Lua.

Isso acontece porque um eclipse solar parcial sempre acompanha um eclipse solar anular.

Já os eclipses lunares não serão tão marcantes este ano, pelo menos para o Brasil.

Tecnicamente, o eclipse lunar parcial de outubro, por exemplo, passará por algumas cidades do litoral nordestino localizadas mais ao extremo leste da porção continental do país (além das Ilhas de Fernando de Noronha, Atol das Rocas e São Pedro e São Paulo).

Apesar disso, apenas uma pequena porção do nosso satélite natural ficará encoberta, o que deve dificultar a observação do fenômeno.

Ainda assim, em João Pessoa, por exemplo, a Lua estará perto da linha do horizonte no momento que o eclipse atingir seu máximo. Por isso, mesmo se as condições climáticas estiverem favoráveis nesse dia e o observador se posicionar num local alto, talvez seja difícil flagrar esse eclipse.

Periélio e afélio

A Terra atingirá seu ponto mais próximo do Sol na quarta-feira (4). O fenômeno ocorrerá às 13h17 no horário de Brasília. No periélio (que quer dizer literalmente “perto do Sol”), o planeta fica a 147 milhões de km da estrela central do Sistema Solar.

Dessa forma, no periélio, o Sol aparece maior porque o seu diâmetro aparente (angular) atinge o valor máximo no ano (veja imagem abaixo).

Atenção: observar diretamente o Sol sem o uso de equipamentos adequados pode implicar em danos irreversíveis à visão. Utilize métodos de observação indireta.

Já o afélio (o oposto do periélio, quando o Sol apresenta seu menor diâmetro aparente e a Terra alcança o ponto de sua órbita mais distante do astro) ocorrerá em 6 de julho, às 17h06 no horário de Brasília. Neste ponto, o nosso planeta estará a 152 milhões de km do Sol e atingirá a sua menor velocidade do ano.

Eventos planetários e conjunções 🪐🔭

 

Os principais eventos planetários e conjunções (quando mais de dois corpos celestes aparecem próximos no céu) do ano acontecerão nas seguintes datas, de acordo com o site Time and Date:

  • 22 de janeiro – Conjunção de Vênus e Saturno; na data Vênus passará perto de Saturno no céu. No ponto mais próximo um do outro, os planetas estarão separados por 0,34 graus.
  • 30 de janeiro – Alongamento máximo ocidental de Mercúrio; período ideal para observar o planeta, que estará no seu ponto de maior distância do Sol durante o céu da madrugada/início da manhã.
  • 11 de abril – Alongamento máximo oriental de Mercúrio; esse é o pico de visibilidade leste do planeta.
  • 29 de maio – Um novo alongamento máximo ociedental de Mercúrio.

 

Chuvas de meteoro 🌠

 

Serão 12 chuvas de meteoro relevantes, segundo o Observatório Real de Greenwich:

  1. Quadrantids: ativa de 28 de dezembro de 2022 a 12 de janeiro de 2023 (pico para visualização do fenômeno: de 3 a 4 de janeiro). Pico de meteoros por hora: 110.
  2. Lyrids: ativa de 14 a 30 de abril (pico: de 22 a 23 de abril). Pico de meteoros por hora: 18.
  3. Eta Aquariids: ativa de 19 de abril a 28 de maio (pico: 6 de maio). Pico de meteoros por hora: 50.
  4. Alpha Capricornids: ativa de 3 de julho a 15 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 5.
  5. Delta Aquáridas: ativa de 12 de julho a 23 de agosto (pico: 30 de julho). Pico de meteoros por hora: 25.
  6. Perseidas: ativa de 17 de julho a 24 de agosto (pico: de 12 a 13 de agosto). Pico de meteoros por hora: 100.
  7. Draconids: ativa de 6 a 10 de outubro (pico: de 8 a 9 de outubro). Pico de meteoros por hora: 10.
  8. Orionids: ativa de 2 de outubro a 7 de novembro (pico: de 21 a 22 de outubro). Pico de meteoros por hora: 25.
  9. Taurids: ativa de 10 de setembro a 20 de novembro no Hemisfério Sul (pico: de 10 a 11 de outubro no Hemisfério Sul). Pico de meteoros por hora: 5.
  10. Leônidas: ativa de 6 de novembro a 30 de novembro (pico: de 17 a 18 de novembro). Pico de meteoros por hora: 10.
  11. Geminidas: ativa de 4 a 20 de dezembro (pico: de 14 a 15 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 150.
  12. Ursids: ativa de 17 a 26 de dezembro (pico: de 22 a 23 de dezembro). Pico de meteoros por hora: 10.

 

Superluas

‘Superlua dos Cervos’ vista em Boa Esperança (MG) em 2022 — Foto: Adriano de Oliveira

Teremos duas superluas em 2023:

  • 🌕 Uma em 1º de agosto
  • 🌕 E outra no dia 31 de agosto (também conhecida como Lua Azul)

 

A “superlua” ocorre na lua cheia perto do perigeu (quando ela está mais próxima da Terra), o que resulta em uma lua cheia ligeiramente maior e mais brilhante do que as demais.

Esse período é chamado de perigeu porque o nosso satélite natural aparece no céu cerca de 14% maior e 30% mais brilhante do que no apogeu (microlua) – quando está mais distante.

Já a Lua Azul é o apelido dado à segunda lua cheia que acontece em um mesmo mês. Algo que ocorre a cada dois anos e meio, em média.

Por ser apenas uma referência ao calendário, não tem de fato uma relação com alguma alteração de cor ou aparência do satélite.

Fonte: G1