Maria de Fátima – Foto – Raíza Milhomem/Prefeitura de Palmas

Após passar por um dos períodos mais difíceis e conturbados de sua vida, hoje a dona de casa Maria de Fátima, de apenas 29 anos, vive em paz e feliz. Isso só foi possível após a hipótese de ter hanseníase surgir num momento de lazer e conversa com amigos. Com uma ferida no dedo que nunca sarava, manchas nas costas e na barriga, cãibras frequentes e dormência nas mãos, Maria buscou ajuda na Unidade de Saúde da Família (USF) da Arno 42 (405 N).

“Achei que não iria suportar, era muito sofrimento, eu sentia muita dor e dependia sempre de alguém. Fiquei muito magra e não conseguia andar, cheguei a usar fraldas por seis meses e nem a escova de dente eu dava conta de segurar, uma coisa tão simples, mas a gente só dá valor depois”, relata a paciente. Diagnosticada em 2019 com hanseníase, Maria começou a fazer o tratamento na unidade, acompanhado de sessões de fisioterapia.

Foi um ano ininterrupto de tratamento, com medicações mensais na USF e automedicação. Como seu caso era grave, mesmo com toda assistência, a sensibilidade da mão esquerda e de ambos os pés foram comprometidos. “Eu preciso tomar muito cuidado porque como não sinto a mão, muitas vezes a queimo. Já precisei fazer enxerto porque tive queimadura gravíssima por causa do vapor”, comenta Maria.

A doença também fez com que adiasse o sonho de ser mãe. Após três anos que finalizou o tratamento e já estava curada, a dona de casa conseguiu torná-lo realidade e deu à luz o pequeno Yuri nesse mês de janeiro. “Foi o apoio de Deus, do meu esposo e da minha mãe que me fizeram aguentar. Também não posso deixar de agradecer os profissionais de saúde que me ajudaram a passar por toda essa provação e hoje ter nas mãos o meu filho”, reconhece.

 

Janeiro Roxo
O mês de janeiro é marcado por ações de prevenção, controle, combate e tratamento à hanseníase na Capital, promovidas pela coordenação técnica de hanseníase e tuberculose da Secretaria Municipal da Saúde de Palmas (Semus), nas Unidades de Saúde da Família (USFs). As atividades ofertadas consistem em esclarecer dúvidas sobre a doença, apresentar os sintomas e ressaltar que é tratável.

O coordenador técnico da área, Pedro Paulo dos Santos Oliveira, esclarece que abordar esses assuntos permite que mais pessoas tenham atenção aos sinais e procurem ajuda. “Ser diagnosticado no início dos sintomas possibilita o tratamento precoce, evitando deficiências no sistema nervoso do paciente”, explica.

Fonte – Secom Palmas