Um bebê morreu no Hospital Maternidade Dona Regina, em Palmas, esperando uma vaga na UTI neonatal. O caso foi verificado pelo Ministério Público e Defensoria durante uma vistoria realizada nesta quinta-feira (16). A vistoria foi feita após a empresa responsável por 20 leitos da unidade suspender parcialmente os serviços por falta de pagamento.
Conforme o MPE, o recém-nascido esperava por uma vaga desde à tarde da última terça-feira (14), quando nasceu. Um dos médicos da maternidade informou à promotoria, durante a vistoria, que uma vaga foi oferecida à criança na quarta-feira (15), mas em seguida foi disponibilizada para outra criança.
A vaga na UTI voltou a ser disponibilizada para o bebê na manhã desta quinta-feira, mas ele já havia morrido durante a madrugada. Os médicos informaram que a criança nasceu com quadro clínico grave e recebeu todos os atendimentos necessários, mas não resistiu.
A diretoria do Dona Regina disse ao MPE que o atendimento estava normal, mas que a UTI neonatal se encontrava cheia e sem vagas para qualquer quadro emergencial.
Questionada sobre o caso, a Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins apenas manteve o posicionamento enviado após a suspensão parcial dos atendientos na UTI neonatal: “A Secretaria de Estado da Saúde do Tocantins esclarece que nenhum paciente que necessite e UTI ficará sem atendimento e que na próxima semana realizará uma reunião com a empresa Intensicare e a Secretaria de Estado da Fazenda para acertar o cronograma de pagamento.”
Porém, não se posicionou sobre a morte disse que neste momento não existe nenhum recém-nascido aguardando leito para UTI na unidade.
Suspensão
A Intensicare, responsável por 20 leitos de UTI Neonatal na Maternidade Dona Regina, decidiu suspender parcialmente os serviços prestados na unidade. A empresa cobra uma dívida superior a R$ 9 milhões do Estado referente ao atraso de nove meses de serviço.
Ao anunciar a suspensão, a empresa disse que não iria atender novos pacientes que derem entrada no hospital e apenas manter o atendimento a crianças que estão internadas.
Fonte: G1 Tocantins