Cláudio Bento e Tulipa Ruiz – Foto – Arquivo pessoal

 

Por Cláudio Bento*

Dia 30 de janeiro, numa segunda-feira, sentado na varanda, tomando meu café e lendo notícias, me deparo com a informação de que Tulipa Ruiz estaria em Palmas. Tudo bem até aí. E muito bem mesmo. Ali, naquela notícia também me dava conta de que tão logo teríamos uma casa de shows em Palmas, voltada para o mundo musical que tanto aprecio: MPB e afins. Sim, nosso querido Paulo Vieira, nosso global tocantinense que nunca esqueceu suas origens, por aqui, como fazem aqueles ou aquelas que alcançam sucesso; realiza seu sonho de empreender na nossa cidade. E que empreendimento, viu!?

Alegre com a notícia, eis que ouço a campainha tocar. Saio para atender ao portão era o carteiro. Logo de cara, pelo formato da embalagem, já imaginei que encomenda seria. Mas, pera, eu havia acabado de saber que Tulipa estaria em Palmas dia 10 e, meu tão esperado disco de vinil, que comprei na pré-venda em outubro, chegou justamente naquele momento; vinte minutos depois da alegria em saber que havia ali grande possibilidade de estar no show dela. Sim, foi isso mesmo! E ainda com tempo para seguir para o trabalho. Lá vou colocar meu “bulachão” na radiola para ver se chegou tudo em ordem. E, claro, apreciar as canções ali do “Habilidades Extraordinárias”. Que disco! Que produção! Que capa! Que tudo!

Daí por diante, o dia 10, dia do show parecia não chegar para este ser que tem transtorno de ansiedade generalizada. O tempo não passava. A forma que dava golpe nessa agonia era colocar o “bolachão” na vitrola e acompanhar as músicas através das letras vindas em seu belo e bem produzido encarte.

Chegou o dia, havia conseguido adquirir meu ingresso para o show.

Tulipa Ruis – Foto – Cláudio Bento/Arquivo Pessoal

Por volta das 19h30, minha amiga Cleuda Milhomem me manda uma foto via “zap”, dizendo que já estava na fila para curtir ao tão esperado momento. Aprontei-me, chamei um carro de aplicativo, pois, não iria de moto, queria tomar uns drinks por lá e moto com bebida alcoólica não é uma combinação nada perfeita. Nem ouse em fazer uma presepada dessa!
Ao chegar na Comics dei-me conta de que havia esquecido o encarte, que tentaria pegar o autógrafo da cantora maravilhosa que abrilhantaria aquela noite. E isso ela fez e muito bem! Foi um show lindo, uma verdadeira festa! Festa dos deuses e das deusas!

Não, não ficaria sem o autógrafo no meu disco! Tive, ali na fila mesmo, um insight. Liguei pra minha sobrinha que estava em casa, a Maria Eduarda, Que logo tomou as providências. Consegui tomar posse do meu encarte e, então, era esperar o momento para pedir o autógrafo. Pensei que seria mais difícil, mas não foi. Não foi porque Tulipa Ruiz com seu carisma não deixa seus fãs na mão.

Vislumbrei com tudo que ali vi. Com todos que ali encontrei. Encontrei Tião Pinheiro, Cleuda Milhomem, Paulo Vieira, Léo Pinheiro, Sabrina Fitipaldi, Dorivã e Grazi Cortêz, Gil Doliat, Kaká Nogueira, Bell Gama, Gabriel Deaz, Shirley Cavalcante e tanta gente querida da vibe cultural de Palmas que me senti em casa, e realmente era minha casa. Minha alegria era tanta que, como diz o ditado popular, estava mais feliz que pinto no lixo.

Foto – Arquivo Pessoal

Ah, lá conheci também a Sra. Conceição, mãe de Paulo Vieira, que, aliás, me fez entender porque o filho dela é uma pessoa acima do comum. De o porquê que Paulo faz tanto sucesso e continua com a mesma humildade e alegria de sempre. E a conheci assim, em lugar reservado a pessoas que fazem uso do tabaco, para não dizer fumantes.

Paulo Vieira, Claudio Bento e Tulipa Ruiz – Foto – Arquivo Pessoal

Eu vibro para que a COMICS tenha vindo pra ficar. Que prestigiemos sempre os eventos naquela casa para que, assim, mais artistas e atrações possam desfilar por nossa cidade, trazendo mais e mais noites maravilhosas como foi aquela do dia 10 de fevereiro, que já ficou para a história. Não só minha, mas como certeza de toda nossa cidade. E, principalmente, para as pessoas que tiveram a oportunidade de lá estar.

Comics em Palmas – Foto – Arquivo Pessoal

A vida é muito curta, a morte é pra sempre. Vamos viver a arte, a dança, a música, o teatro, as telas. Vamos viver nossos amigos e amigas, hoje e sempre. Vamos viver a VIDA!

*Claudio Bento é Cientista Social (UFG), Bacharel em Direito (Unitins) e leitor assíduo do Gazeta do Cerrado.