Foi-se o tempo em que os espaços forenses eram predominantemente ocupados e comandados apenas por homens. Estatísticas mostram o protagonismo feminino no Judiciário. Nessa tendência, na Corte tocantinense, onde as mulheres representam mais da metade (53%) dos 2.724 servidores que formam a força de trabalho, elas cada vez mais assumem posições de comando, quebrando paradigmas e tendo acesso a condições igualitárias no exercício de suas atividades laborais.

A começar pela atual mesa diretora do Tribunal de Justiça (TJTO) que, pela primeira vez, em 34 anos, é comandada por mulheres, sendo referência hoje para o País.

Sobre números

Dos 12 desembargadores membros do Tribunal, cinco são mulheres, sendo que quatro delas ocupam hoje os mais altos postos na corte tocantinense nos cargos de presidente, vice-presidente, Corregedora-geral da Justiça e vice-corregedora-geral da Justiça. Vale destacar também que, das 26 juízas, do total de 103 magistrados que atuam no 1º grau, oito estão na direção de fóruns, sendo duas no comando de duas das maiores comarcas do Tocantins: Palmas e Gurupi.

O TJTO é presidido atualmente pela desembargadora Etelvina Maria Sampaio Felipe, que estará à frente do Judiciário durante o biênio 2023-2025. A magistrada é a quinta mulher a exercer o cargo. A precursora foi a desembargadora Dalva Magalhães (2005-2007), falecida em 2008. Também já assumiram o cargo as desembargadoras Willamara Leila (2009-2010); Jacqueline Adorno (2011-2013) e Ângela Prudente (2013-2015). 

Do total de 505 cargos comissionados, 292 são ocupados por pessoas do sexo feminino, o que representa 57% das posições de trabalho, revelando a atuação do Judiciário tocantinense na busca pela igualdade de gênero nas atividades administrativas. 

Na atual gestão, três diretorias estão sob o comando de mulheres: Gestão de Pessoas, Comunicação Social e Tecnologia da Informação.