Apenas em fevereiro de 2023, o Tocantins perdeu mais de 67,5 quilômetros quadrados de vegetação nativa, o Cerrado. Os dados são do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE).

O índice de desmatamento quase dobrou, subindo de pouco mais de 280 km² para quase 560 km², se comparado com o mesmo período do ano passado.

Entre os fatores que contribuem para esse cenário de devastação está o desrespeito às normas ambientais. Recentemente, um fazendeiro da região de Lagoa da Confusão foi denunciado depois de desmatar e explorar ilegalmente mais de 630 hectares de cerrado. O Ministério Público calculou que ele lucrava quase R$ 2 milhões por ano plantando soja na área desmatada irregularmente.

Os números do INPE são preocupantes principalmente porque nesta época do ano, quando chove no cerrado, a tendência é que os índices de desmatamento caiam, pois as condições climáticas deveriam dificultar a prática ilegal.

Além disso, o problema pode se agravar ainda mais, já que o sistema só detecta alterações maiores que 25 hectares.

Essa é uma situação grave que se repete em outros pontos do país. Na Amazônia, o volume desmatado cresceu 62% em relação a fevereiro do ano passado. Somando os dois biomas, o total desmatado chega a 880 km², o que equivale a uma área maior que Goiânia (GO) e do tamanho de São Luiz (MA).

Esse é o pior número para o mês de fevereiro desde o início da série história, em 2015. Embora isoladamente os dados mensais não sejam reflitam totalmente o balanço trimestral, o pesquisador do INPE avalia que os números são preocupantes.

Com informações do INPE e G1