A presidente da Federação das casas de Santo, Roberta de Osaguia compôs mesa na sessão e fez um discurso cobrando respeito à religião e pedindo apoio do legislativo para as demandas da religiões.

Vários pais e Mães de santo relataram abordagens abusivas por parte da guarda metropolitana e da polícia na capital com relação à prática das religiões de matriz africana. Os relatos foram durante sessão solene na Assembleia Legislativa.

O vice-presidente da Federação das casas de Santo do Estado, Pai Gil contou que várias vezes foi abordado pela guarda. Ele disse que há anos busca o apoio das instituições com relação a episódios lamentáveis contra seu terreiro.

(Maju Cotrim/Gazeta do Cerrado)

Em seu discurso, pai Gil, destacou que mora no Tocantins desde 1992, mas é a primeira vez que entra na AL. “Espero que seja a primeira de muitas. Porque sou militante na luta negra, e na religiosidade negra, a umbanda”, conta.

Mãe Isa relatou: “Nós não somos vistos ou o povo é cego!?”, questionou.

” Nós somos discriminados, tenho orgulho de dizer que sou dos terreiros. Quando a guarda chegou na minha casa já olharam os carros para ver quem era. Vieram pedir para parar o tambor”, relatou.

(Maju Cotrim/Gazeta do Cerrado)

Ela disse que a guarda não pode parar os cultos de terreiros até porque não faz isso com as igrejas evangélicas. Até os vizinhos chegaram a ameaçala segundo a mãe de santo. Ela chegou a registrar boletim de ocorrencia.

Os líderes relogiosos cobraram respeito, mais segurança e valorização das religiões de matriz.

Eles comentaram ainda que é a primeira vez que foram convidados para falar numa sessão na Assembleia.

Alguns deputados se manifestaram se colocando à disposição para as demandas das religiões.