A cidade de Pium, localizada no oeste do estado, declarou situação de emergência devido aos confrontos entre as forças de segurança e uma quadrilha de criminosos que se esconde na região há 12 dias. O conflito tem afetado a população, principalmente na zona rural, e o decreto tem validade por 30 dias.
De acordo com a Polícia Militar (PM), pelo menos 20 homens da quadrilha deixaram o Mato Grosso com direção ao município. Várias trocas de tiros foram registradas e, até o último sábado (21), seis criminosos foram mortos e um acabou preso e levado para a Unidade Penal de Palmas. Para garantir a segurança da população, as polícias Civil e Militar de cinco estados, que fazem parte da Operação Canguçu, orientaram que a população evite andar pelas estradas vicinais e em um perímetro de 50 km da TO-080.
O prefeito Valdemir Oliveira Barros considerou a paralisação dos trabalhos na zona rural para ajudar a polícia e para que a população não se coloque em situação de perigo. O decreto, publicado na quarta-feira (19), especifica que, se necessário, sejam feitos os ajustes necessários para o cumprimento do calendário escolar. O atendimento médico e dos agentes de saúde na zona rural segue suspenso, permanecendo apenas os trabalhos de emergência. Na cidade, os atendimentos de urgência e emergência e da Unidade Básica de Saúde não terão alteração.
Durante a situação de emergência, também estão dispensados de licitação os contratos de aquisição de bens necessários às atividades de atendimento à população do município. A Operação Canguçu, composta por 350 policiais civis e militares do Tocantins, Pará, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais, está em busca da quadrilha que está se escondendo nas proximidades dos municípios de Pium, Marianópolis e na Ilha do Bananal. Durante a operação, foi apreendido um verdadeiro arsenal com capacetes e coletes, armamento pesado e munições de uso restrito das Forças Armadas, por serem utilizados em guerra. Todo o material deverá ser entregue às polícias de Mato Grosso, onde o grupo começou a ação criminosa.