Na época do crime, o médico Erivelton Teixeira Neves era prefeito de Carolina (MA) pelo PL – Foto Divulgação
Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado
O médico e prefeito de Carolina (MA), Erivelton Teixeira Neves (PL), foi denunciando pelo Ministério Público do Tocantins (MPTO), pelo crime de aborto sem consentimento da gestante, em um motel em Augustinópolis, Bico do Papagaio.
O crime conforme a vítima disse à Gazeta do Cerrado em 2021, aconteceu em 2017, no Motel Oásis após o médico e prefeito descobrir que a ela estava grávida e atraí-la para o local, onde foi dopada. Ele realizou um procedimento de ultrassonografia que comprovou a gravidez.
Na época nossa equipe tentou contato com o prefeito através das redes sociais, mas não fomos respondidos. Erivelton foi eleito com 51,16% dos votos válidos na Eleição de 2020.
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A vítima e o prefeito que haviam tido um relacionamento em 2010, e depois, ficaram afastados por cerca de quatro anos, quando Erivelton procurou novamente a mulher já casado, mas dessa vez, propondo que fosse extraconjugal.
“Conheci ele em 2010 e namoramos durante três anos, só que ele mentiu que era casado. Nos separamos e depois de quatro anos ele voltou a me procurar, já com outra mulher, eu aceitei ter um relacionamento extraconjugal com ele. Com 5 meses juntos eu engravidei”, contou à Gazeta do Cerrado.
Também na época do crime, a vítima estava grávida de dois meses e relatou que sentia muitas dores depois do procedimento.
Nossa equipe conversou também ainda em 2021 com os advogados da vítima, Josiran Bezerra e Aprígio Aguiar.
Eles comemoraram nesta quinta-feira, 27, a denúncia feita pelo MPTO. “Foi uma batalha isso aí. Esse crime aconteceu em Augustinópolis, mas ele é de outro estado, do Maranhão, então, tudo correu lá. Foi uma luta “.
Ainda conforme o MPTO, outro médico e atual vereador de Carolina, Lindomar da Silva Nascimento, que na época era motorista de Erivelton, também foi denunciado por ter auxiliado no aborto.
O caso foi denunciado pelo promotor de Justiça Elizon de Sousa Medrado, da 1º Promotoria de Justiça de Augustinópolis.
“Ele responde a ação penal sem foro especial por prerrogativa de função, uma vez que o ato teria sido praticado anteriormente à sua posse no cargo. O segundo denunciado também exerce cargo político atualmente, já que é vereador em Carolina (MA)”, disse o MPTO.