A Operação Canguçu, que visa encontrar os criminosos que aterrorizaram a cidade de Confresa (MT) durante a tentativa de assalto a uma transportadora de valores, identificou a origem da maioria dos suspeitos. Dos 17 alvos da operação, sendo dois presos e 15 mortos, a maioria é do estado de São Paulo. Há também homens do Maranhão, Pernambuco, Goiás e Pará. A perseguição ao grupo criminoso ocorre há 24 dias em território tocantinense e é feita por uma força-tarefa com 350 policiais de cinco estados. As buscas continuam em uma área de 4,6 mil quilômetros na zona rural de cidades na região oeste do estado.

Segundo a Secretaria da Segurança Pública do Tocantins (SSP), 13 dos 15 homens mortos em confrontos com a polícia foram identificados. Desse total, 12 corpos foram entregues aos parentes e outro permanece no Instituto Médico Legal de Araguaína, aguardando manifestação dos parentes. Os outros dois corpos ainda não foram identificados. Além dos criminosos listados pela SSP-TO, outros três suspeitos foram presos em investigação da Polícia Civil do Mato Grosso. Eles também seriam moradores do estado do Pará, sendo que dois foram presos em Redenção (PA) e o outro capturado após fugir para Araguaína (TO).

As buscas no território tocantinense começaram no dia 10 de abril, depois que os criminosos fugiram do Mato Grosso e entraram no estado usando embarcações e navegando pelos rios Araguaia e Javaés. Os criminosos têm usado estratégias para tentar despistar a polícia e têm se mostrado fortemente armados, inclusive com fuzis furtados da Polícia Militar de São Paulo. Eles têm feito pessoas reféns em fazendas e até na área urbana de Marianópolis, onde uma família ficou sob poder dos assaltantes por oito horas. Os confrontos voltaram a se intensificar durante o último fim de semana, quando os criminosos se aproximaram da zona urbana de Marianópolis.

Os áudios divulgados nas redes sociais mostram o medo dos moradores da região. A PM reforçou a orientação para que a população evite os deslocamentos, sobretudo na rodovia TO-080 e em suas proximidades, devido à presença na região dos criminosos que permanecem fortemente armados. As buscas continuam sem um prazo para acabar, e a força-tarefa segue trabalhando para localizar e prender os demais envolvidos no crime.