Do HGP- Maju Cotrim

O governador Wanderlei Barbosa convocou uma coletiva de imprensa direto do HGP no dia do aniversário de Palmas. O promotor de saúde, Dr Thiago Ribeiro acompanhou a coletiva.

A Gazeta acompanhou e traz todos os detalhes.

“Então, teve toda uma crise, eu vim pra dentro do HGP e fiz abrir o portão, mas nós queremos que as UPAs sejam abertas, nós queremos que elas possam prestar um serviço para a baixa complexidade. Aquela pessoa que sofreu um pequeno acidente, que está com uma febre, que pode ser cuidada ali. Uma sala de estabilização, estabilizar os pacientes. Eu fiquei sabendo que lá não tem pediatra, que não tem ortopedista, isso está no estatuto das UPAs, precisa ter, precisa ajudar”, disse.

Ele afirmou ainda: “Eu não quero jogar o problema para ninguém, eu tenho a minha responsabilidade, eu vou arcar com ela, mas eu quero essa parceria. Da mesma forma que nós tratamos com todo cuidado os pacientes no interior do estado, onde municípios pequenos têm hospitais, onde municípios pequenos propuseram para o estado uma parceria para fazer cirurgias eletivas, para fazer atendimentos, e nós estamos aportando recursos, nós queremos que a capital dê essa condição”, comentou.

“Ao completar 34 anos de história, está na hora da gente fazer, cuidar melhor da nossa gente. Eu estou aqui no HGP, às vezes fico surpreso com pessoas amontoando na sala vermelha, nós não estamos negando a entrada de pacientes. Vai na sala vermelha, aconteceu um acidente agora na saída para a Aparecida. Nós estamos ali com pessoas esperando para entrar na sala vermelha, porque nós não podemos tirar, nós não temos leitos suficientes nesse momento para todos os pacientes. E nós temos leitos terceiros que nós já contratamos, estamos fazendo a nossa parte. Precisa haver essa união dos esforços de Prefeitura, Estado e Governo Federal, nós temos um sistema nosso, é tripartite, o sistema é único de saúde, cada um com a sua responsabilidade”, disse em outro momento.

Wanderlei continuou ainda: “Não podemos jogar nas costas um do outro, eu não quero jogar. Tenho recebido todos os pacientes que possível. Agora começa a colocar, ah, morreu um paciente da UPA, a culpa é do Estado. Não é isso, olha, eu quero que vocês entrem depois, se puderem entrar, entrem na sala vermelha, nos leitos de UTIs que nós mais do que dobramos, nós fizemos e inauguramos novos leitos de UTI, novos leitos clínicos, mas nós recebemos pacientes do Mato Grosso, nós recebemos do Pará, nós recebemos pacientes, mas é importante lembrar que 70 % ou mais dos pacientes que recebem um HGP são oriundos da capital que já está aproximando de 350 mil habitantes que precisava ter o Hospital Municipal”, disse.

Hospital municipal

O Governador falou ainda do anúncio da área para construção do hospital municipal.

“Por isso eu convidei a nossa senadora, professora Dorinha, e antes convencei com o senador Eduardo Gomes, que está disposto a ajudar na construção do Hospital Municipal. Nós estamos dispostos a fazer uma força -tarefa nesse aspecto, nós vamos colocar a área, aquilo que nós pudermos fazer para ajudar Palmas, a nossa capital, a cuidar melhor dos palmeiros, nós vamos fazer. Eu estou já propondo, já com projeto em andamento, o Hospital da Mulher, que será sediado também aqui em Palmas”, disse.

Ele acrescentou ainda: “Nós queremos só finalizar uma ala aqui no HGP, na ampliação, para a gente trazer uma parte do Dona Regina, para a gente fazer a reforma e as melhorias do Hospital Dona Regina. Nós pegamos um sistema de saúde que está envelhecido, a nossa capital tem 34 anos, então nós precisamos melhorar. Quando a gente entrega um leito de UTI, o Afonso fala, olha, nós temos que reformar os antigos. Então nós estamos entregando um leito novo e reformando um leito velho. Então é preciso essa consciência, se nós tivermos, se nós tivermos muito mais cuidado com a nossa população, nós vamos obter melhor resultado. Saúde é o grande desafio do Brasil, não é o grande desafio do Tocantins, é o grande desafio do Brasil”, pontuou.

O governador ponderou ainda: “nós somos obrigados a receber todos os brasileiros que procuram saúde em Palmas. Nós somos obrigados a fazer. Então eu quero apenas, é uma reflexão no momento, uma data importante para Palmas, eu tive, nós tivemos o cuidado, porque eu estou preocupado com essa situação inteira, eu não posso ficar na AGrotins lá recebendo as pessoas, enquanto aqui no hospital às vezes as pessoas não são recebidas porque não tem vaga, porque às vezes a baixa complexidade, e o promotor de justiça viu isso, a baixa complexidade preenche os leitos que deveriam ser preenchidos por pessoas em média e alta complexidade. Então é um momento de reflexão e do bom sentimento de todos os gestores. Eu quero pedir essa compreensão à prefeitura para que a gente possa sentar juntos, agora nas próximas 24 horas, eu estou à disposição a partir de agora, para que a gente possa conversar. Não dá apenas para jogar o problema, olha, está morrendo aqui porque não tem lugar lá, vem aqui dentro, é hora de fazer hospitais, todas as capitais do Brasil tem hospital municipal, apenas Palmas não tem, que tem recursos suficientes, os recursos vêm para cá como vai para Rio Branco, como vai para Macapá, como vai para Boa Vista, vai para todos os lugares. Então precisa, é a nossa, é o nosso momento de reflexão”, comentou.

“Tudo nas costas do estado, num hospital sobrecarregado por diversos estados que mandam gente e por uma população de 350 mil habitantes de Palmas. Nós queremos receber todos que está na média e na alta complexidade, mas a baixa complexidade precisa ser de responsabilidade da prefeitura que não precisa, olha, ao invés de montar a vez um leito clínico, um ambulatório, uma sala, fazer pequenas cirurgias, às vezes a prefeitura compra uma ambulância e traz os pacientes para cá. Então me tristece muito essa situação, não vou jogar a culpa de ninguém, mas eu quero que todos nós sentamos para resolver esse problema”, disse.