A primeira semana de julho foi a mais quente registrada no mundo. Com recordes de ondas de calor na Europa, nos Estados Unidos e na China, especialistas acendem novos alertas para o aquecimento do planeta e o risco imediato para a vida humana.

O biomédico Daniel Mendes Filho, explica o que acontece com o corpo em temperaturas extremas.

“No calor extremo, os mecanismo de adaptação do corpo humano são insuficientes para manter nossa temperatura corporal em níveis fisiológicos. A gente pode desenvolver hipertermia e insolação, que são quadros que se caracterizam por sintomas como fadiga, dor de cabeça e, dependendo da gravidade, pode incluir sintomas como tontura e convulsões.”

 

Placa alerta para calor extremo no Vale da Morte, na Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 15 de julho de 2023 — Foto: Jorge Garcia/Reuters

Placa alerta para calor extremo no Vale da Morte, na Califórnia, nos Estados Unidos, no dia 15 de julho de 2023 — Foto: Jorge Garcia/Reuters

Os sintomas do calor extremo afetam, principalmente, os mais idosos e as crianças. No ano passado, mais de 61 mil pessoas morreram de calor no continente europeu em 2022.

Já nos países mais pobres, além dos efeitos imediatos das temperaturas, as populações mais vulneráveis são as primeiras a serem afetadas por tragédias climáticas. É o que explica Márcio Astrini, secretário executivo do Observatório do Clima.