Operação Catilinárias – Foto – Polícia Federal
Lucas Eurilio, Gazeta do Cerrado
O delegado da Polícia Federal Daniel Vale, explicou como funcionava o esquema de fraudes em contratos do transporte escolar em Cariri do Tocantins.
A operação foi deflagrada nesta quinta-feira, 20 e além de servidores públicos, a casa do prefeito Junior Marajó (DEM) e a prefeitura também foram alvos de busca e apreensão.
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Conforme Daniel Vale, havia uma competição entre falsas empresas e associações que prorrogavam indevidamente as licitações, desviando assim, os recursos. (Assista vídeo abaixo).
“A investigação iniciou no âmbito da Polícia Federal em Araguaína, onde demonstrou que eram criadas falsas associações, com a finalidade de cooptar agentes públicos de diversos municípios, com o fim de desviar recursos do transporte escolar. Uma nota técnica apontou falsas competições entre empresas e associações ligadas ao mesmo público de pessoas, bem como prorrogação de indevidas de licitações”, disse.
O delegado disse também que somente em Cariri do Tocantins, os desvios podem chegar a 350 mil.
“Nesta terceira fase foram cumpridos mandados de busca e apreensão no município de Cariri do Tocantins, município composto por 5 mil habitantes, onde os recursos públicos desviados podem atingir R$ 350 mil”.
A Gazeta do Cerrado ainda tenta contato com o prefeito citado na reportagem e ressaltamos que o espaço está aberto para posicionamento.
Assista o vídeo
Operação
A Polícia Federal deflagrou nesta quinta-feira (20/07/2023) a terceira fase da “Operação Catilinárias”, para apurar a prática de crimes de desvio de recursos públicos no âmbito do Programa Nacional de Apoio ao Transporte Escolar – PNATE, por meio de associações de fachada e empresas sem condições para execução dos serviços de transporte escolar.
O PNATE é um programa do governo federal para apoiar o transporte escolar de estudantes, principalmente da zona rural. Nesta fase, foram cumpridos 5 (cinco) Mandados de Busca e Apreensão no município de Cariri do Tocantins, expedidos pelo Tribunal Regional Federal da 1a Região.
Operação Catilinárias – Foto – Polícia Federal/Divulgação
Durante as investigações, a Polícia Federal apurou que os suspeitos criaram falsas associações para transporte escolar visando obter vantagens indevidas por meio de contratação de terceiros indicados por servidores públicos envolvidos no esquema. Entre os anos de 2013 a 2016, foi apurado o pagamento de aproximadamente R$ 100 mil reais em propina.
A investigação apontou ainda fortes indícios de que a vantagem indevida paga aos servidores públicos ultrapassou a cifra de R$ 350 mil reais, nos anos de 2017 a 2018, após substituição da associação por uma empresa, que também não possuía capacidade para a prestação do serviço.
*Com informações da PF