O governador do Tocantins, Wanderlei Barbosa (Republicanos), esteve presente na 7ª Consulta Pública do Plano Plurianual (PPA 2024-2027) realizada em Gurupi, no sul do estado, nesta sexta-feira (4). Durante o evento, o político foi questionado sobre a operação da Polícia Federal que investiga possíveis irregularidades em contratos da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Ele afirmou que não tomará medidas precipitadas sem uma possível confirmação dos fatos.
Na quinta-feira (3), a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão na sede da SES, na casa do secretário Afonso Piva e em endereços de empresas em Palmas. A investigação apura supostos crimes de fraude em licitação, desvio de verbas públicas, organização criminosa e lavagem de capitais.
Wanderlei Barbosa destacou que o governo anterior já estava sob investigação, mas ressaltou que a atual gestão está colaborando com a Justiça e que a secretaria está de portas abertas para os órgãos competentes.
Sobre o secretário da Saúde, Afonso Piva, o governador afirmou que, até o momento, não há indícios que comprovem seu envolvimento em irregularidades e que ele segue no cargo. O político disse que não tomará medidas drásticas sem antes obter informações concretas sobre o caso.
A SES também se pronunciou sobre o assunto, informando que colabora com as investigações e disponibiliza todas as informações sobre os contratos que estão sendo alvo da ação judicial.
Na consulta pública em Gurupi, que abrange 17 cidades da região sul do estado, a população foi convidada a participar e dialogar sobre diversos temas, como meio ambiente, mudanças climáticas, infraestrutura econômica e urbana, e segurança pública. O governador aproveitou a ocasião para reforçar o compromisso de retomar obras paralisadas na região, como a pavimentação da rodovia estadual TO-365 e as obras do Hospital Geral de Gurupi.
A investigação da Polícia Federal e da Controladoria Geral da União (CGU) apura suposta fraude em licitação relacionada à compra de seringas pela SES. A suspeita é de que empresas ligadas ao mesmo grupo empresarial tenham apresentado preços superfaturados para beneficiar a vencedora do pregão eletrônico que licitou oito tipos de seringas, totalizando quase 4 milhões de unidades.
A Secretaria de Estado da Comunicação do Tocantins ressaltou que acompanha o andamento da ação da Polícia Federal, referente a contratos firmados durante a gestão anterior, e que está se inteirando do processo junto à Procuradoria Geral do Estado (PGE).
A empresa Prime Hospitalar, vencedora da licitação e citada na investigação, informou que prestou todos os esclarecimentos solicitados e reafirmou o interesse em colaborar com a conclusão da investigação de forma rápida e eficaz.
O secretário de Saúde, Afonso Piva, negou todas as acusações e se colocou à disposição das autoridades. Ele já havia punido uma das empresas investigadas por meio de uma sindicância que resultou em suspensão de participação em licitações e multa.