Mais um capítulo do caso Ana Zilda. O Ministério Público do Tocantins (MPTO) tomou medidas legais contra os envolvidos na trágica morte de Ana Zilda Santos Almeida, vítima de agressão com golpes de capacete em Araguaína.
Os acusados, Welerson da Silva Monteiro, o agressor, e Francisca da Silva Batista com sua filha, Lara Eduarda Batista da Cruz, suspeitas de serem as mandantes do assassinato, foram alvos de denúncia criminal apresentada pelo MPTO.
De acordo com as investigações, o crime teve motivação em ciúmes, onde Francisca da Silva Batista nutria sentimentos de inveja pela vítima devido a seu envolvimento amoroso com o ex-companheiro de Francisca. Essa paixão doentia levou Francisca a se aliar a sua filha Lara Eduarda e convencer Welerson a cometer o assassinato.
As acusadas convenceram Welerson a tirar a vida de Ana Zilda, inventando uma história onde a vítima seria uma testemunha em um processo que resultaria na retirada da guarda da filha mais nova de Francisca, uma criança pela qual o denunciado tinha grande apreço. Welerson aceitou o pedido e efetuou o assassinato no dia 5 de outubro.
Nesse trágico dia, as denunciadas levaram Welerson de carro até o local onde Anazilda passaria a caminho do trabalho, por volta das 6h40, e ali ela foi atacada brutalmente. Após o ataque, Welerson pegou a bolsa e o celular da vítima, retornou ao carro onde estavam as denunciadas, e juntos fugiram do local.
A denúncia, proposta pelo promotor de Justiça Daniel José de Oliveira Almeida, requer que Welerson da Silva Monteiro, Francisca da Silva Batista e Lara Eduarda Batista da Cruz sejam julgados pelo Tribunal do Júri por homicídio qualificado, praticado por motivo torpe (ciúmes de Francisca), meio cruel (golpes violentos com capacete), emboscada e traição (ataque planejado às costas da vítima). Além disso, o promotor de Justiça pede que também sejam processados pelo crime de furto qualificado e que paguem uma indenização no valor de R$ 10 mil.
Caso Ana Zilda: O que diz a defesa
O advogado de Francisca e Lara, Daniel Junior Bispo dos Santos, informou que não foi intimado da denúncia do Ministério Público e que não tem como se posicionar no momento. Assim que tiver acesso, o advogado afirmou que enviará nota à imprensa.
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