A Justiça negou o pedido de reconsideração e manteve a decisão de que o Estado do Tocantins pague R$ 30 mil à família de Carlos Augusto Silva Fraga, conhecido como Dad Charada. O pagamento é resultado do descumprimento de uma ordem judicial que exigia a realização de um novo exame pericial sobre as causas de sua morte, dentro de um prazo de 12 horas.
Carlos Augusto, apontado pela polícia como mandante de pelo menos 50 mortes em Palmas, faleceu dentro do presídio Barra da Grota, dias após sua prisão. O primeiro exame indicou suicídio, mas a família contestou, solicitando uma nova análise na Justiça. O juiz da 1ª Vara Criminal de Araguaína determinou a reavaliação do laudo sob pena de multa, estabelecendo o pagamento de R$ 30 mil em caso de descumprimento.
O Estado alegou falta de tempo hábil para realizar o novo exame dentro do prazo estipulado. Contudo, a Justiça manteve a decisão, afirmando que em nenhum momento foi questionada a urgência ou a necessidade de prorrogação do prazo.
Morte de Dad Charada
A morte de Dad Charada ocorreu no dia 23 de julho, mas o corpo só foi sepultado pela família no dia 27, após aproximadamente 72 horas de velório.
Até o momento, a Procuradoria Geral do Estado não foi notificada da decisão, e o Estado aguarda a ciência formal para se pronunciar.
Dad Charada, suspeito de ser mandante de uma série de mortes em Palmas, foi preso em julho no Rio Grande do Sul e encontrado morto em sua cela em Araguaína. Desde então, as investigações não apresentaram avanços quanto aos executores dos crimes supostamente ordenados por ele.
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