Servidores do Estado, que estão em greve desde o início deste mês, fazem protesto desde às 6h desta quarta-feira (31). Eles interditam as quatro entradas de Palmas. O objetivo é chamar a atenção do governo e da população para que o executivo realize o pagamento da data-base. O bloqueio provoca congestionamento. Carros, motocicletas e ônibus estão impedidos de trafegar.
“Foi um bloqueio programado, com hora para iniciar e terminar, feito com responsabilidade para chamar a atenção sem prejudicar a população”, esclareceram os presidentes.
Houve concentração dos grevistas e bloqueio das seguintes vias: Ponte Fernando Henrique Cardoso, saída para Paraíso; Ponte da TO 050, trecho que liga Palmas a Porto Nacional, próximo à Estação de Tratamento de Água da Saneatins/Odebrecht; Ponte próxima à faculdade Ulbra, na Avenida Teotônio Segurado; TO 010, Saída para Miracema do Tocantins.
Os manifestantes atearam fogo em pneus e protestaram segurando faixas e cartazes que tratavam do pagamento da data-base. Sete sindicatos organizaram o protesto desta quarta.
Proposta
No último dia 30, os Sindicatos que deflagraram greve protocolaram ofício ao Governador Marcelo Miranda, apresentando uma proposta para o pagamento, que solicita o seguinte: implantar o índice de 9,8307% referente à data-base 2016 – do piso ao teto, de forma integral e na folha de pagamento de setembro de 2016; Pagar os retroativos da data-base 2015, em 04 parcelas mensais e iguais, com inclusão na folha de pagamento de setembro de 2016 até a folha de dezembro de 2016; Pagar os retroativos da data-base 2016, em 04 parcelas mensais e iguais, com inclusão na folha de pagamento de janeiro de 2017 até a folha de abril de 2017.
No mesmo documento, os sindicalistas também sugerem ao Governo três medidas que, se adotadas em caráter de urgência, dão condições financeiras para que o Governo cumpra com o direito dos servidores. São elas: reduzir a jornada de trabalho para 06 horas corridas, o que trará economia aproximada de 30% por mês com custeio; reduzir os cargos comissionados, passando dos atuais 5.188 para 2.594, o que possibilitará redução de R$ 9,2 milhões para cerca de R$ 3,7 milhões; reduzir os contratos temporários, passando dos atuais 13.689 para 6.844, o que possibilitará redução de R$ 34 milhões para aproximadamente R$ 17 milhões.
Os grevistas seguirão para mais um protesto em frente ao Palácio Araguaia, na Praça dos Girassóis. O protesto inicia as 8h e contará com a presença de todos os presidentes dos Sindicatos organizadores.
Em seguida, os grevistas vão para a Assembleia Legislativa, onde ocuparão as galerias e os corredores da Casa de Leis, em busca de buscar o apoio dos deputados estaduais.
Fonte: Ascom / Sindicatos