Adolescente foi agredido de forma covarde por outros colegas de turma dentro de escola estadual em Itacajá.

O pai do estudante agredido dentro da sala de aula em uma escola estadual de Itacajá comentou a respeito do caso. Em entrevista ao repórter Marcos Gaspar da TV Jovem Record, o homem chegou a se emocionar. A Gazeta segue acompanhando os desdobramentos do caso. De acordo com o pai do adolescente, o filho sofria bullyng na escola e era perseguido pelos colegas. “Ele tem uma deformidade na orelha e através disso, os meninos chamam ele de orelha de abano, orelha de jumbo, elefante, apelidando ele. A gente ensinou ele a ignorar isso aí. Só que a turma começou a ver que não fazia efeito e começou a jogar bolinha de papel. Tudo foi arquitetado, tinha um cinegrafista, tinha uma turma que ia segurar a professora. Estavam programados para tirar ele do sério”, comentou o pai.

Um vídeo que circulou nas redes sociais mostra o adolescente cercado por outros três que começam a dar socos e chutes. O material foi parar no Ministério Público Estadual que abriu investigação. Emocionado e com a voz embargada, o pai desabafou ao ser ouvido pela reportagem. Dói muito em mim não poder estar lá e ajudar meu filho. Eu não consigo ver o vídeo. Eu tenho me segurado de todas as formas para ser forte na frente dele. Eu tenho procurado os meios legais. A gente está muito emotivo pela incapacidade de não fazer algo. Eu fico imaginando a cabeça do meu filho, eu sou pai e estou do jeito que estou e ele que sofreu tudo isso?”, finalizou.

A promotoria agendou uma reunião para o próximo dia 15 com a gestão da escola e o superintendente de educação de Pedro Afonso responsável pela regional que engloba Itacajá para tratar sobre o assunto.

 

O que diz a Secretaria de Educação do Estado.

A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) informa que a gestão do Colégio Estadual de Itacajá (CEI) agiu imediatamente ao tomar conhecimento do caso de agressão ocorrido entre estudantes, levando os envolvidos à delegacia e garantindo cuidados médicos ao estudante agredido. A escola continuará acompanhando o caso conforme as determinações legais. A Seduc reforça seu repúdio à violência e reforça iniciativas que garantam uma convivência saudável na comunidade escolar, destacando-se o programa “Escola de Emoções”, focado no desenvolvimento socioemocional dos alunos e no fortalecimento das equipes multiprofissionais.

A gestão da escola está atenta ao bem-estar do estudante agredido, buscando acolher e tratar quaisquer traumas enfrentados. Além disso, investigará o histórico dos agressores e promoverá uma abordagem educativa para conscientizar a turma sobre a importância de não serem omissos diante de casos de agressão. Destacamos também que serão fortalecidos os protocolos de segurança na escola.