Maria José Cotrim

O MDB se reuniu na manhã deste sábado, 27, para definir os rumos das eleições. Após mais de três horas a portas fechadas, a cúpula do partido definiu confirmar o governador Marcelo Miranda como pré-candidato oficial à reeleição.

Participaram da decisão os deputados estaduais da legenda, federais, secretários e membros da executiva. A deputada federal Dulce Miranda não compareceu ao evento segundo a assessoria do partido por questões de saúde. Não participaram também os deputados Rocha Miranda e Elenil da Penha (este participou das reuniões a portas fechadas mas foi embora sem compor palanque).

Após definirem também buscar os partidos aliados, o grupo saiu da sala fechada e foram para os discursos no salão do evento onde falaram para a Militância e demais membros.

Os discursos focaram o desenvolvimento do Estado e falaram do esforço da gestão atual para melhorar o Estado. O presidente da legenda, Derval de Paiva focou seu discurso principalmente para rebater o ataque de Amastha. “Ele me mandou uma mensagem abusiva me fazendo afronta, ele é um cascudo e ele vai levar uma surra, uma lavada”, disse respondendo Amastha.

Ele continuou: “Em troca de quê tanta agressão!? A taca será no primeiro turno e é enorme e se tiver segundo turno é a segunda taca”, continuou. O presidente do partido não falou sobre a candidatura de Miranda.

(Foto: Marco Aurélio Jacob)

Discurso de Miranda

O governador agradeceu a presença dos líderes. Ele avisou que vai manter o equilíbrio e que ia discursar sem subir o tom.

O MDB anunciou ainda a formação de um conselho político encabeçado pelo MDB. ” Para que não possamos errar” justificou.

” Tenho sob a minha responsabilidade vários governos que tive a honra de participar junto com pessoas coesas e honradas, pessoas comprometidas com o Estado. Tenho sido provocado em redes sociais, na imprensa para que eu possa me desestabilizar emocionalmente mas Deus já me mostrou muita coisa”, refletiu.” Já passei de 1 milhão de votos recebidos nesta minha trajetória”, completou.

“Dói você ver o prefeito da maior cidade agredir o presidente do nosso partido”, disse ao referir às críticas de Amastha.

Ele falou ainda de Kátia Abreu: ” Pra que isso!? Quando eleita foi junto conosco entreguei a secretaria de educação para ela, não cobrei nada pelo contrário, cobrei resultados….o prefeito nos agride e nos chama de cara de pau mas eu não vou baixaria o nível”, chegou a dizer.

O governador lembrou as diferenças políticas com Siqueira Campos mas pediu que a história de cada um seja respeitada.

“Não vão conseguir que eu perca a dignidade!”, disse.

Sobre o governo afirmou: ” Tem muitas falhas mas estamos tentando diminuir as demandas em todos os setores”, pontuou.

Ele disse que conversou muito com a família sobre o assunto e garantiu: ” Pode anotar: do governo eu não saio! Tenho uma responsabilidade sobre os meus ombros de resgatar e recuperar muita coisa e tenho até 31 de dezembro para fazer isso. Não é admissível errar neste momento”, disse.

Ele pediu que o partido avalize o seu nome: “temos que sentar à mesa com os pretensos candidatos mas vou deixar claro as portas não se fecham”, pontuou.

Miranda avisou sobre Kátia: ” no palanque que tiver uma senhora que denigre minha imagem também não estarei”, disse. Ele assumiu que está conversando com outros candidatos como Rinaldo Dimas e admitiu até aliança com Siqueira Campos. ” Estamos com as portas abertas” disse.

Miranda termina dizendo: ” nenhum deles me amedronta. Não me furtarei à convocação do meu partido”, disse.